Início do conteúdo

29/06/2011

Brasil e França debatem estratégias para saúde, água e meio ambiente

Nayane Taniguchi


Brasil e França se preparam para dar suas contribuições nas duas grandes conferências que serão realizadas em 2012, no que diz respeito à saúde ambiental: Fórum Mundial da Água, em Marselha, na França, e a Rio + 20. No 1º Seminário Franco-Brasileiro sobre Saúde Ambiental, que ocorre na Fiocruz Brasília, autoridades comentaram a importância do diálogo e as parcerias de sucesso que unem os dois países, realizadas ao longo dos anos. Até esta quinta-feira (30/6), representantes dos dois países estarão reunidos para um intercâmbio de experiências e iniciativas na promoção da água, ambiente, saúde e desenvolvimento.


 O seminário propõe um diálogo entre as iniciativas do Brasil e da França e inaugura um esforço nas atividades e contribuições para a Rio+20

O seminário propõe um diálogo entre as iniciativas do Brasil e da França e inaugura um esforço nas atividades e contribuições para a Rio+20


O embaixador da França, Yves Saint-Geours, cumprimentou o Brasil pelo comprometimento com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que entre outros pontos prevê a redução à metade da população que não tem acesso à água potável nem tampouco aos serviços de saneamento básico até 2015. “Brasil e França podem fazer políticas conjuntas e propor soluções conjuntas. Questões globais precisam de políticas globais também”, destacou o embaixador. Geours comentou ainda sobre a finalidade do encontro. “Este é o momento para compartilhar experiências e provocar reflexões em relação à água, saúde humana e desenvolvimento, no contexto dos Objetivos do Milênio, do Fórum Mundial da Água e da Rio +20. Podemos avançar e realizar propostas para questões da água e saneamento”, acrescentou.


A vice-diretora da Fiocruz Brasília, Iramaya Caldas, destacou as parcerias técnico-científicas entre os dois países e a relação da instituição com a França. “Os institutos franceses são referência desde Oswaldo Cruz, que foi estudante do Pasteur”. E acrescentou. “A Fiocruz está de portas abertas para estas iniciativas. E que esta seja apenas a primeira de muitas”.


“O seminário propõe um diálogo interessante entre nossas iniciativas e da França e inaugura pelo menos da nossa parte um esforço nas atividades e contribuições para a Rio+20”, destacou o diretor de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Guilherme Neto. A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Maya Takagi, falou sobre os avanços do país e das iniciativas do Ministério. “O Brasil tem avançado nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Dois deles estão fortemente relacionados à questão da água, como erradicar a fome e a miséria. O MDS tem experiências de sucesso, que promovem o acesso à água por meio do aproveitamento da água da chuva. Esta é uma economia verde e ao mesmo tempo uma política social”, disse. O secretário-adjunto da Secretaria-Geral da Presidência da República, Geraldo Magela, comentou sobre a participação social em busca de bons resultados para o país.  “Nossa instituição tem mobilizado a sociedade em prol dos ODM”.


O secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Leodegar Tiscoski, comentou sobre o primeiro Plano Nacional de Saneamento do Brasil. “O plano fala da estruturação do saneamento no Brasil e busca a universalização do serviço de saneamento par que todos os brasileiros tenham acesso à água”. Segundo o secretário nacional de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Eduardo Assad, estudos da Agência Nacional de Águas (ANA) indicam que a falta de políticas públicas podem resultar em desabastecimento de águas no Brasil. “Cinquenta por cento das nossas cidades poderão sofrer desabastecimento de água até 2015”.


O seminário é promovido pela Embaixada da França e Fiocruz (por meio da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde e do Centro Colaborador Opas/OMS em Saúde Pública Ambiental), em parceria com os Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Saúde, do Meio Ambiente, Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), Unesco e Unicef. O evento reúne nomes como o professor francês e pesquisador em direito público Bernard Drobenko, autor do livro Direito à água: uma questão humanitária, além de pesquisadores da Fiocruz, Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ANA, entre outros.


Publicado em 29/6/2011.

Voltar ao topo Voltar