Agência Fiocruz de Notícias

Agentes de endemia e técnicos de laboratório do Centro de Vigilância Ambiental do Recife participaram, nesta terça-feira (11/7), do 16° Curso de Coleta de Culicídeos Vetores para Fins de Diagnóstico de Infecção Vetorial, promovido pelo Serviço de Referência em Controle de Culicídeos Vetores (SRCCV) da Fiocruz Pernambuco. Realizada no laboratório escola da instituição, a iniciativa visa capacitar recursos humanos nas atividades de coleta, triagem e acondicionamento de mosquitos de forma adequada para o diagnóstico da infecção vetorial pelo verme Wuchereria bancrofti, causador da filariose linfática.

As aulas teóricas e práticas abordaram o manuseio do aspirador de mosquitos; a realização de coletas guiadas por mapas e GPS; informações sobre os hábitos de alimentação sanguínea da fêmea do mosquito Culex quinquefasciatus (muriçoca), o vetor da filariose; triagem do mosquito quanto à espécie, condição de repasto e diferenciação sexual; correto acondicionamento para envio de amostras ao SRCCV; boas práticas de Biossegurança no manuseio desses insetos, entre outras informações. O curso teve carga horária total de oito horas.

“O sucesso do diagnóstico de infecção vetorial da filariose linfática se deve a uma boa atuação durante a coleta e à manipulação adequada das amostras a serem investigadas”, explica a pesquisadora Cláudia Fontes, chefe do Departamento de Entomologia da instituição. Para isso, é fundamental que as equipes de campo realizem os procedimentos de acordo com a metodologia adequada e atualizada proposta por um serviço de referência no controle de culicídeos vetores, como o SRCCV da Fiocruz Pernambuco. Ela lembra ainda que o diagnóstico de infecção vetorial da filariose linfática é um dos requisitos impostos pela OMS e pela Opas para o preenchimento de um dossiê nacional, para que o Brasil seja considerado livre dessa doença em 2020.