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13/12/2012

Fiocruz e universidade francesa estabelecem novas parcerias

Danielle Monteiro


A Fiocruz e a Universidade Pierre et Marie Curie (UPMC), que há quatro anos desenvolvem ações conjuntas de cooperação, vão firmar novas parcerias. Em encontro realizado na sexta-feira (7/12), representantes das duas instituições acordaram em desenvolver em conjunto um mestrado internacional em bioterapia além de um curso internacional de matemática aplicada à biologia, reunindo matemáticos, biólogos e cientistas da saúde para o desenvolvimento de programas na área.


 Os presidentes da Fiocruz, Paulo Gadelha, e da UPMC, Jean Chambaz, durante o encontro<BR><br />
(Foto: Peter Ilicciev)

Os presidentes da Fiocruz, Paulo Gadelha, e da UPMC, Jean Chambaz, durante o encontro

(Foto: Peter Ilicciev)





“Gostaríamos de desenvolver ações conjuntas mais estratégicas com temáticas multidisciplinares e globais atraindo pesquisadores de diversas áreas de ambos os países”, justificou o presidente da UPMC, Jean Chambaz, durante o encontro. A ideia de se criar um mestrado internacional surgiu a partir da geração de patente conquistada pelas instituições para a condução de estudos sobre a distrofia muscular de Duchenne, realizados no Laboratório Associado Internacional (LIA) Fiocruz-UPMC-INSERM, fruto de convênio assinado anteriormente entre a Fundação e a universidade. A parceria entre as duas instituições no âmbito do laboratório será renovada por mais quatro anos.



Segundo o pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Wilson Savino, a renovação da cooperação bilateral vai permitir a realização de novos estudos sobre a distrofia muscular de Duchenne que visam à melhoria da qualidade de vida dos pacientes. A doença provoca extrema fraqueza muscular e afeta especialmente crianças do sexo masculino. “Vamos iniciar em 2014 um ensaio clínico da doença usando um inibidor da molécula ZLA4 a fim de inibir a inflamação muscular que acelera o agravamento da enfermidade”, explicou. Ele destacou que a cooperação bilateral entre as instituições já rendeu bons frutos com a realização de estudos no LIA. “Nesses quatro anos de pesquisas conjuntas, promovemos o intercâmbio de estudantes e pesquisadores e publicamos uma série de artigos”, ressaltou.



A previsão é de que o projeto do curso e do mestrado estejam prontos em maio de 2013 e, em 2014, já possam ser implementados. “A proposta é unir parcerias científicas de alto nível e de relevância para a sociedade”, disse o assessor do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), Vincent Brignol. “Cada aluno passará seis meses no país parceiro e, posteriormente, pretendemos ampliar essa parceria com a África”, adiantou ele. Segundo o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, a cooperação com a universidade será uma das prioridades da Fundação. “O acúmulo de experiência de cooperação no âmbito do LIA, a criação conjunta de cursos de pós-graduação, a união de temáticas interdisciplinares e o modelo horizontal e estruturante de parceria se constitui em uma excelente oportunidade de cooperação”, afirmou.


Publicado em 11/12/2012.

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