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07/12/2023

Fiocruz lamenta a morte do físico e fundador do Museu da Amazônia Ennio Candotti

João Pedro Sabadini (Agência Fiocruz de Notícias)


É com muito pesar que a Presidência da Fiocruz lamenta o falecimento do físico e professor Ennio Candotti, diretor-geral e um dos fundadores do Museu da Amazônia (Musa). O cientista morreu nesta quarta-feira (6/12), aos 81 anos. Em junho de 2023, no Dia Mundial do Meio Ambiente (5/12), Candotti foi recebido pela Fiocruz como convidado especial na Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma). Ele falou sobre a Amazônia, educação e ciências para o público presente no auditório de Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro.

Candotti nasceu na Itália em 1951 e veio ao Brasil um ano depois. Em São Paulo, graduou-se em Física pela Universidade de São Paulo (USP), em 1964, e especializou-se em física teórica na Universidade de Pisa (Itália), em física matemática na Universidade de Munique (Alemanha) e em sistemas dinâmicos na Universidade de Nápoles (Itália).

Como professor da área, lecionou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre os anos de 1974 a 1996, e na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Já aposentado, ainda atuou como professor voluntário na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e na Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

O físico foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) por quatro mandatos e vice-presidente por dois mandatos, sendo o recordista na entidade. Em 1999, foi declarado presidente de honra da SBPC. Na instituição, foi um dos fundadores das revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje das Crianças, além da versão argentina (Ciencia Hoy). Foi editor de Ciência Hoje de 1982 a 1996.

Devido às notáveis contribuições para o campo científico, Candotti recebeu, em 1998, o Prêmio Kalinga para popularização da Ciência, da Unesco. Em 2001, ganhou o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Também foi membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, do Governo Federal, entre os anos de 2003 a 2007 e de 2011 a 2015, além de integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), em 2023. Em 2019, recebeu o título de Cidadão Amazonense.

Ennio Candotti faleceu em Manaus, capital do Amazonas, cidade onde morava e atuou em seus últimos trabalhos. A Fiocruz presta suas condolências à família e aos amigos de Ennio, além de colegas de trabalho e admiradores espalhados por todo o país, resultado do reconhecimento de sua brilhante atuação e de sua contribuição para o campo científico.

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