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17/10/2016

Fiocruz promove 1º Encontro do Programa Translacional Fio-BioSin

César Guerra Chevrand (AFN) e Vinicius Ameixa (VPPLR)


A Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPPLR) promoveu (6/10) o 1º Encontro do Programa Translacional Fio-BioSin. Realizado no auditório Emanuel Dias do Pavilhão Arthur Neiva, no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro, o evento teve como pauta o mapeamento das capacidades, infraestruturas e ferramentas presentes nos diversos grupos ativos em projetos envolvendo biologia sintética na Fundação Oswaldo Cruz, e principalmente na estruturação da cooperação entre estes grupos para o desenvolvimento de novas tecnologias, insumos e produtos.

Atualmente a Fiocruz mantém 11 Programas de Pesquisa Translacionais (PPTs) (foto: Vinicius Ameixa)

 

Na abertura do encontro, o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli, apresentou as principais diretrizes do Plano Institucional de Indução em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PCTIS) da Fundação e destacou os esforços para fomentar a pesquisa nos últimos anos, mesmo em um grave cenário de “desfinanciamento da Saúde”. De acordo com Stabeli, o trabalho em redes cooperativas e colaborativas proposto pelos programas translacionais pode maximizar os resultados em determinadas temáticas.

“Hoje o nosso desafio é produzir ciência de qualidade, apesar da conjuntura política e econômica do país. A nossa missão enquanto Fiocruz é aplicar a ciência e tecnologia em prol da qualidade de vida da sociedade brasileira e da melhoria do SUS.  Esse é o objetivo central do PCTIS”, afirmou Rodrigo Stabeli.

Os Programas de Pesquisa Translacionais (PPTs) da Fundação Oswaldo Cruz têm como finalidade o desenvolvimento de ferramentas para o controle de um ou mais agravos importantes no cenário epidemiológico do Brasil, além de fortalecer a capacidade tecnológica na fronteira do conhecimento. Atualmente a Fiocruz mantém 11 Programas de Pesquisa Translacionais (PPTs), nas áreas de doença de Chagas; leishmaniose; esquistossomose; doenças emergentes; tuberculose; doenças neurológicas; câncer; doenças do metabolismo; redes ômicas e computação científica; nanotecnologia; e biologia sintética.

Assessor de Pesquisa da VPPLR, Wim Degrave saudou os pesquisadores de diferentes unidades da Fiocruz presentes no evento de inauguração da rede Fio-BioSin e descreveu o panorama atual da pesquisa em biologia sintética e as prioridades para o cenário atual da Fiocruz. Segundo Degrave, o objetivo da rede é integrar os grupos de pesquisa relacionadas ao tema. Área relativamente nova na ciência brasileira, a biologia sintética hoje é utilizada na Fiocruz para a otimização e produção de antígenos para diagnósticos, construção de anticorpos sintéticos, vacinas e biofármacos, entre outros.

“Estamos formando a rede para mapear a capacidade institucional existente dentro da Fiocruz, identificar as nossas lacunas e reais necessidades e principalmente se comunicar melhor entre si. O compartilhamento de tecnologias é crucial para o desenvolvimento de novos produtos” explicou Wim Degrave.

Grupos de pesquisa Fio-BioSin

Durante o encontro, foram apresentados os projetos e as atividades de pesquisa que contemplam a rede Fio-BioSin, com discussão e debate entre os pesquisadores que formam cada grupo de pesquisa. Os pesquisadores do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhões (Fiocruz Pernambuco), Laura Gil e Rafael Dhalia, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Ada Alves, e do Centro de Pesquisa René Rachou (Fiocruz Minas), Alexandre Machado, apresentaram o andamento das pesquisas com enfoque na construção de vacinas recombinantes para arbovírus e influenza, utilizando técnicas de genética reversa viral e baseadas em DNA.

Com enfoque na construção de antígenos, anticorpos e engenharia de proteínas, os pesquisadores do Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná), Nilson Zanchin, e da Fiocruz Ceará, Marcos Lourenzoni e Gilvan Furtado, abordaram os processos de produção de antígenos e anticorpos recombinantes para kits de diagnósticos. Fechando a manhã, Josiane Cardoso, da Fiocruz Paraná, e Aline Moreira, do IOC/Fiocruz, apresentaram o desenvolvimento da pesquisa para diagnóstico utilizando a construção e screening de aptâmeros. Ana Carolina Guimarães e Alexander Fernandes, ambos pesquisadores do IOC/Fiocruz, mostraram o desenvolvimento de suas pesquisas com estudos estruturais e vias metabólicas.

O principal tema abordado no segundo momento do encontro foi biofármacos. Os pesquisadores Wim Degrave e Nilson Zanchin (VPPLR/Fiocruz e Fiocruz Paraná), e Leila de Mendonça Lima, Érica Carvalho e Jonas Perales, do IOC/Fiocruz e Farmanguinhos/Fiocruz, falaram sobre a utilização da enzima L-asparaginase desde a padronização da expressão e purificação, até o início dos testes em linhagens celulares e toxidades. Em seguinda, Marcos Freire, do Bio-Manguinhos/Fiocruz, e Érica Carvalho e Katia Menezes, de Farmanguinhos/Fiocruz, falaram sobre as demandas das respectivas unidades para viabilidade de pesquisas em Biologia Sintética.

Por fim, depois da apresentação sobre o sistema de “chassi” feita pela pesquisadora Leila Lima e Wim Degrave, durante a discussão em grupo, o tema foi sobre Engenharia Metabólica e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de biosintético. Também foi debatida a proposta para o desenvolvimento de um plano de ação para projetos estruturantes, insumos estratégicos, infraestruturas e parcerias para cooperação internacional.

Clique aqui para acompanhar o desenvolvimento dos projetos e a agenda com as próximas atividades do Programa de Pesquisa Translacional em Biologia sintética Fio-BioSin.

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