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30/09/2016

Fiocruz Rondônia realiza exames em população carcerária

Alexandre Almeida (Fiocruz Rondônia) *


A Fiocruz Rondônia iniciou um projeto para detectar a prevalência das hepatites virais B, C e Delta, sífilis e HIV na população privada de liberdade em sistema prisional fechado no estado. O trabalho iniciou no último mês de agosto e conta com a parceria do Ministério Público de Rondônia MPRO (, além do apoio do Cepem (Centro de Pesquisa em Medicina Tropical), Agevisa (Agência de Vigilância em Saúde), Sesau (Secretaria de Estado da Saúde), Sejus (Secretaria de Estado da Justiça) e Faro.

Através do projeto, a Fiocruz Rondônia busca aferir o índice das doenças junto a esse público decorre do fato de que tais infecções são consideradas um grande problema de saúde pública mundial e local, sendo as pesquisas na população privada de liberdade, relacionadas ao tema, ainda muito escassas. O projeto busca atender 6500 reeducandos pertencentes às unidades prisionais do Estado.

De acordo com os pesquisadores da Fiocruz Rondônia, o médico infectologista Juan Miguel Villalobos e a virologista Deusilene Souza Viera, o projeto é realizado pela Fundação em etapas, as quais incluem a fase de palestras de conscientização sobre a importância do diagnóstico; a triagem para identificação do estado de saúde atual, bem como história pregressa do atendido, com consulta de enfermagem e preenchimento de  ficha de investigação epidemiológica e, finalmente, os exames. “Pacientes com positividade terão acompanhamento clinico e laboratorial”, afirma a virologista Deusilene Vieira.

Ainda segundo os pesquisadores, as adesões do MP e demais órgãos à iniciativa foram fundamentais. Os organizadores ressaltam que o trabalho realizado é de extrema importância e tem um caráter estratégico, já que o sistema penal pode funcionar como um 'concentrador' dessas doenças e, portanto, como um foco de dispersão para a população em geral, considerando a alta prevalência de sífilis, hepatites virais e HIV/AIDS, que constituem um problema de saúde pública em potencial.

Conforme os idealizadores do trabalho, apenados com diagnóstico positivo serão direcionados a um especialista para acompanhamento clínico e laboratorial, podendo ser solicitada a realização de novos exames específicos e/ou iniciarem tratamento. Neste caso, o estudo prevê, através de suas colaborações o acompanhamento clínico visando direcionar este paciente a um médico especialista para melhor elucidação do diagnóstico.

*Com informações da Assessoria de Comunicação do MPRO.

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