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14/08/2017

Inovação é pauta da Feira de Soluções para a Saúde - Zika

Fernanda Miranda (Fiocruz Brasília)


O vice-diretor da Fiocruz Brasília, Wagner Martins, coordenou a mesa Desenvolvimento e Inovação em Saúde – a sustentabilidade da vida, no último dia da Feira Soluções para a Saúde – Zika, realizada na tarde da última quinta-feira (10/8), em Salvador. Participaram como palestrantes o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, o coordenador da Agenda 2030 na Fiocruz, Paulo Gadelha, o coordenador das Ações de Prospecção da Fiocruz, Carlos Gadelha, além de representantes do Programa das nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Rômulo Paes e do Senai/Cimatec, Roberto Badaró.

Ex-presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha relembrou as ações da Fundação durante a crise internacional provocada pelo vírus zika (Foto: Sérgio Velho)

 

Ao falar sobre os objetivos estratégicos da Organização das Nações Unidas (ONU) para combater o ebola, o representante do PNUD Rômulo Paes disse que era fundamental criar meios para tratar os possíveis infectados, garantir serviços essenciais, prevenir surtos em países ainda não afetados e foi enfático. “A grande questão não é criar um muro e achar que vamos conseguir evitar que os problemas se espalhem pelas fronteiras, o importante é saber qual a capacidade do Estado e da sociedade de resolver esses problemas”, afirmou.

O coordenador da Agenda 2030 na Fiocruz, Paulo Gadelha, começou a sua fala elogiando o formato e a programação do evento. “Estou emocionado com tudo o que está acontecendo aqui e curioso para saber o que está acontecendo nesse momento nas outras salas. Além disso, tenho uma relação muito próxima com a epidemia de zika que vivenciamos porque eu estava à frente da Presidência da Fiocruz quando tudo aconteceu”, recordou.

Paulo Gadelha também lembrou que a Fiocruz estava preparada para enfrentar os desafios da epidemia de zika por diversos motivos, entre eles pelo fato de já possuir expertise com arboviroses. “A Fiocruz também estava bem posicionada e de forma bem articulada para trabalhar internamente e externamente com diversos parceiros”, salientou. Paulo Gadelha também falou sobre a Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável e do papel estratégico da Fiocruz no fornecimento de subsídios na área da saúde.

Em seguida, o coordenador das Ações de Prospecção da Fiocruz, Carlos Gadelha, falou sobre Soluções, Saúde e Desenvolvimento no Conjunto Econômico Industrial da Saúde e começou a sua fala elogiando o evento e afirmando que a saúde é parte endógena do desenvolvimento social. “Partimos da hipótese central de que a natureza de um capitalismo dependente e periférico e de um padrão global e local não sustentável de desenvolvimento se manifestam de modo avassalador no campo das doenças transmissíveis e, em particular, nas arboviroses”, destacou. Ele também ressaltou que a saúde deve ser encarada como uma área estratégica da sociedade de conhecimento e citou alguns desafios a serem enfrentados. “É preciso mostrar que é possível sair de uma agenda econômica limitada de alocação de recursos escassos em favor de uma agenda de criação de valor, de direitos, de riqueza social e de recursos públicos”, afirmou.

Já o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, fez um retrospecto do papel da Fiocruz frente ao enfrentamento das arboviroses ao longo da sua história e lembrou da atuação da instituição no combate à febre amarela, na produção do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e do trabalho realizado dentro do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). “Vale dizer que a Fiocruz é referência na produção de remédio contra a malária viral”, comentou.

O encerramento da mesa ficou por conta do diretor do Instituto de Tecnologia da Saúde (ITS) do Senai/Cimatec, Roberto Badaró, que falou sobre o futuro da medicina nos próximos 20 anos. Roberto Badaró citou as lacunas do complexo industrial da saúde e dos altos gastos do Ministério da Saúde na aquisição de medicamentos. “Para a saúde superar o déficit no Brasil, precisamos investir mais em prevenção”, avaliou.

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