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09/08/2013

Novo diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde visita a Fiocruz


O novo diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, esteve nesta sexta-feira (9/8) na Fiocruz para um encontro com dirigentes da instituição. Na ocasião foram discutidos a produção de medicamentos antirretrovirais, particularmente a produção no Brasil da Dose Fixa Combinada – combinação de três medicamentos iniciais do tratamento em um único comprimido, além de outros insumos. Estiveram presentes à reunião o presidente da Fundação, Paulo Gadelha, os vice-presidentes de Produção e Inovação em Saúde, Jorge Bermudez, e de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Paulo Barbosa, os diretores do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), Arthur Couto, e do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), Hayne Felipe, e de pesquisadores que desenvolvem estudos nas áreas de Aids e hepatites. Ao final da reunião, após ouvir as demandas da Fiocruz e conhecer as ações nesse campo, Mesquita se disse otimista em estabelecer parcerias com a instituição. "Aqui conseguiremos pensar respostas brasileiras aos muitos desafios que enfrentaremos em relação a essas enfermidades", assinalou o novo diretor.

Mesquita (à direitra) conheceu as demandas dos pesquisadores da Fiocruz e pòde saber melhor como atuam (Foto: Peter Ilicciev).

 

Mesquita ressaltou que a estratégia a ser adotada pelo Brasil faz parte de um novo conceito de prevenção usado com sucesso em todo o mundo e que, segundo estudos, reduz em até 96% a propagação do HIV. Trata-se de uma estratégia de prevenção combinada que associa as usuais práticas como distribuição de preservativos, gel e seringas com um adicional: o uso de medicamentos antirretrovirais como forma de prevenção. A medicação tem um impacto imediato e direto na redução de eventos clínicos, na coinfecção com tuberculose, na mortalidade das pessoas que iniciam terapia imediatamente, além de ter impacto na transmissão do HIV. Depois da Fiocruz, Mesquita foi recebido pela presidente da Sociedade Viva Cazuza, Lucinha Araújo. Fã de Cazuza e profundo admirador da obra da Sociedade Viva Cazuza, como o Prêmio Cazuza de Vídeo, o diretor escolheu a instituição para fechar sua primeira visita oficial ao Rio de Janeiro.

O uso dos medicamentos antirretrovirais como forma de prevenção foi a palestra de Mesquita na quinta-feira (8/8), durante o 7º Encontro Estadual de ONG/Aids realizado no Rio de Janeiro. "Somos parceiros e a resposta efetiva à epidemia de HIV, Aids e hepatites virais só será efetiva com o trabalho conjunto de todos os atores envolvidos no combate às doenças”, disse. Mesquita também reuniu-se com o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Alexandre Chiepp. Na reunião foram discutidos o cenário do combate às epidemias de DST, Aids e hepatites virais no estado, como dificuldades de organização da rede e do acesso. Também estiveram presentes à reunião as coordenadoras de DST e Aids e de Hepatites Virais do Rio de Janeiro, respectivamente Denise Pires e Clarice Cdalevici.

Ainda na capital fluminense, conheceu a iniciativa da cidade de descentralizar o diagnóstico e assistência aos portadores de HIV para a Atenção Básica do Município. A estratégia, chamada Tratamento 2.0, é adotada e preconizada pela Unaids e pela OMS. O diretor encerrou a agenda do dia visitando um dos mais importantes atores na luta contra a Aids no país, a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia).

Perfil

Médico formado pela Universidade Estadual de Londrina, doutor em saúde pública pela Universidade de São Paulo e especialista em Aids, Mesquita tem experiência na área de saúde coletiva, com ênfase em gestão pública do Sistema Único de Saúde (SUS), gerência de programas de DST/Aids e de políticas públicas sobre drogas no Brasil e no mundo. Mesquita assumiu em 8 de julho a diretoria do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, em sua terceira passagem pelo Ministério da Saúde. Entre 1992 e 1994 foi chefe da Unidade Técnica de Prevenção da Coordenação Nacional de DST/Aids. Voltou ao Ministério da Saúde em 2001, quando foi responsável técnico da Unidade de Articulação com a Sociedade Civil Organizada e Direitos Humanos da mesma coordenação. Mesquita também atuou nas coordenações de DST/Aids das prefeituras de Santos, São Vicente e São Paulo.

Desde 2007 Mesquita trabalhava no escritório regional da OMS para Ásia e Pacífico. Começou como coordenador das Ações de Controle da Epidemia de HIV/Aids entre as Pessoas que usam Drogas. Em 2011 passou a atuar no escritório do Vietnã, como assessor sênior. Em sua função anterior, Mesquita coordenava o piloto da nova estratégia da OMS e Unaids no país asiático, conhecida como Tratamento 2.0 e que vem obtendo sucesso na inovação.

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