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09/08/2017

Pesquisadora do IOC/Fiocruz é finalista da maior premiação feminina da América Latina

Vinicius Ferreira (IOC/Fiocruz)


Dezembro de 2015. Enquanto o Brasil e o mundo ficavam atônitos com os crescentes casos de malformações congênitas relacionados ao vírus zika, uma boa notícia surgia como um alento, especialmente para as gestantes. Estava confirmada a eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita no país e nas Américas. Quando ocorre durante a gravidez, o vírus da rubéola pode causar aborto e parto prematuro, além de danos ao bebê que vão de problemas visuais e surdez a cardiopatia congênita e microcefalia com danos cognitivos. Pouco tempo depois, em setembro de 2016, foi a vez de o Brasil dar adeus ao sarampo, uma das doenças mais contagiosas que existem. Pela primeira vez na história, uma região no mundo recebia a certificação de eliminação da doença que, nos casos graves, pode causar cegueira, encefalite, diarreia intensa, infecções do ouvido e pneumonia, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos. Umas das especialistas à frente dessas duas conquistas é a virologista Marilda Siqueira, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Por mais de 20 anos Marilda atuou intensamente para eliminar esses agravos do país e do continente. Em reconhecimento à sua trajetória dedicada à saúde pública brasileira, Marilda é uma das finalistas do Prêmio Claudia, maior premiação feminina da América Latina. A etapa de votação popular pela internet está aberta. Clique aqui para votar.

O Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC, chefiado por Marilda, é referência nacional para o Ministério da Saúde e regional para a Organização Mundial da Saúde (OMS) em rubéola e sarampo. Sob a sua coordenação, profissionais que lidam com as vigilâncias epidemiológica e laboratorial de praticamente todos os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs) do país foram capacitados para o correto diagnóstico e interpretação dos resultados laboratoriais na detecção desses vírus. Durante todos esses anos, a virologista também prestou assessorias técnicas para diversos países latinos, como Peru, Uruguai, Argentina, Colômbia e Costa Rica, assim como participou de reuniões e encontros com autoridades locais e internacionais no processo de eliminação das duas doenças.

Marilda também está na linha de frente de outro vírus respiratório que pode acometer centenas de milhares de pessoas todos os anos: o Influenza, popularmente conhecido como vírus da gripe. Seu Laboratório integra o Sistema Global de Vigilância e Resposta à Influenza da Organização Mundial da Saúde (OMS) e atua como referência nacional junto ao Ministério da Saúde para o tema. A coordenação dos esforços de diagnóstico laboratorial dos casos de influenza pandêmica no Brasil, em 2009, a elaboração do plano de preparação da OMS para o enfrentamento da gripe aviária e a capacitação de LACENs para diagnóstico da Influenza e de outros vírus respiratórios a partir da implementação de novo método de diagnóstico foram alguns de seus numerosos esforços nessa área.

Marilda já participou de mais de uma centena de trabalhos e artigos científicos, formou cerca de três dezenas de mestres e doutores e orientou mais de uma dezena de estudantes de graduação.

Leia mais no site do IOC/Fiocruz

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