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Retrospectiva 2015

Agência Fiocruz de Notícias (AFN)

2015 foi um ano movimentado para a Fundação Oswaldo Cruz e a saúde pública brasileira. Na sequência ao lado, estão as dez matérias que foram destaques no ano, selecionadas entre centenas de notícias das unidades da Fiocruz de todo o Brasil. Abaixo, você confere as reportagens mais importantes, de janeiro a dezembro, da Agência Fiocruz de Notícias.

Em janeiro, o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) apresentou o desenvolvimento de um novo teste diagnóstico para fibrose cística, doença genética que acomete 1,5 mil pessoas no Brasil. Na Fiocruz Minas, pesquisadores criaram um aplicativo para celulares que vai ajudar a identificar espécimes de triatomídeos – vetores para doença de Chagas. Outra ação na área de tecnologia em Saúde foi o lançamento de um sistema de monitoramento em tempo real para ajudar no combate à dengue no Rio de Janeiro, numa parceria da Fiocruz com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em fevereiro, a Agência Fiocruz de Notícias também destacou a aprovação da chamada PEC da Inovação, que atualiza o tratamento das atividades de ciência, tecnologia e inovação. No âmbito das relações internacionais, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) enviou um total de 160.050 comprimidos do antimalárico artesunato + mefloquina (ASMQ) à Venezuela. No Rio de Janeiro, diante de casos autóctones confirmados, especialistas esclareceram a população sobre casos de malária na região serrana. Pesquisadores da Fiocruz acompanham a ocorrência de doença em regiões de Mata Atlântica desde 1993.

Em março, o Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná) noticiou o isolamento do arbovírus causador da febre chikungunya em amostras humanas, o que abriu a possibilidade de desenvolvimento de kits de diagnóstico para a doença. Outra boa notícia foi o suporte postural para auxiliar no posicionamento sentado de crianças com disfunção neuromotora, desenvolvido pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). Mais um destaque foi o lançamento do Portal de Periódicos, que reúne todas publicações científicas da Fiocruz no mesmo ambiente web.

Em abril, a Fiocruz participou do lançamento do Dossiê Abrasco sobre agrotóxicos na saúde. A publicação é uma coedição da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e da Editora Expressão Popular. No mesmo período, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) apresentaram um estudo inovador de vacina contra a leishmaniose. Em Pernambuco, especialistas aprimoraram armadilha de mosquitos para o combate à dengue. A enfermidade também foi alvo de pesquisa na Fiocruz Amazonas, que desenvolveu um método de utilizar o próprio vetor da dengue no combate à doença, ampliando a cobertura aos criadouros do inseto em áreas urbanas.

Em maio, uma pesquisa inédita realizada pela Fiocruz, por iniciativa do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), traçou o perfil da enfermagem no Brasil, abrangendo um universo de 1,6 milhão de profissionais. Um novo medicamento preventivo contra HIV/Aids foi testado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), em uma pesquisa que está sendo realizada simultaneamente na África do Sul, no Brasil, nos EUA e no Malawi.  O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) iniciou o 3° Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas, que também vai incluir as áreas rurais e de fronteiras.

Em junho, a Fiocruz recebeu o encontro do Conselho Executivo da Unitaid, organização internacional que atua para encontrar novos métodos de prevenção, diagnóstico e tratamento de HIV/Aids, tuberculose e malária. Ainda no âmbito das relações internacionais em Saúde, a Fiocruz, a USP e o Instituto Pasteur fecharam parceria científica para atuar de forma conjunta no Brasil. No Amazonas, a Fiocruz anunciou a descoberta de novo vírus que afeta crianças e pode causar encefalite e levar a morte. Ainda em junho, a Fiocruz teve o seu trabalho coroado com a conquista do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica, na categoria "Instituição ou Veículo de Comunicação".

Julho seria marcado pelo início da greve dos trabalhadores da Fiocruz, como parte do movimento que reivindicava a valorização do servidor público, melhorias salariais e na carreira. No início do mês, o Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) inaugurou um parque infantil para as crianças e adolescentes atendidos. A Fundação Oswaldo Cruz foi homenageada na  67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), considerada o maior evento científico da América Latina. Outro destaque de julho foi o seminário internacional sobre maconha, realizado pela Fiocruz em parceria com a Escola de Magistratura do Rio de Janeiro (Emerj).

Em agosto, em atividade da greve, os trabalhadores da Fiocruz promoveram a festa da vacinação no evento Fiocruz pra Você 2015. Cerca de 1600 crianças foram vacinadas contra paralisia infantil, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, na 22ª edição do evento. O mês terminou com a participação do filósofo francês Pierre Levy no seminário Educação, Saúde e Sociedade do Futuro, promovido pela Fiocruz. O auditório ficou lotado para ouvir Pierre Levy falar sobre Educação e comunicação: desafios para uma cultura de responsabilidade de colaboração em redes.

Em setembro, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), a Merck e a Bionovis assinaram acordo de transferência de tecnologia da Betainterferona 1a subcutânea. Outra notícia importante foi o anúncio de que o Canal Saúde passa a ser canal público em 2016, com a instituição do Sistema Público de Televisão Digital. Na Bahia, um novo estudo internacional liderado pela Fiocruz concluiu que a carga global da leptospirose é muito maior do que se estimava. Com vistas aos Jogos do ano que vem, a Fiocruz também participou de treinamento para Olímpiadas 2016, na área de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (QBRN).

Em outubro, o Borboletário Fiocruz reabriu as portas em Manguinhos, oferecendo um espaço interativo, ornamentado por plantas e habitado por curiosas espécies de borboletas do continente americano. O diretor da Fiocruz Bahia foi premiado pela Unesco por seus trabalhos nas áreas de leishmaniose e malária. No mesmo período, o II Fórum ABC/Fiocruz/Ministério da Saúde de Cooperação Internacional em Bancos de Leite Humano definiu novas diretrizes para a Rede Global de Bancos de Leite Humano. A Rede de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Urbanas (Urban Climate Change Research Network – UCCRN) lançou seu novo núcleo para a América Latina, sediado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Mais uma grande notícia foi a habilitação do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) como o primeiro Centro de Referência de Atenção às Pessoas com Doenças Raras no Estado do Rio de Janeiro. No Paraná, o Instituto Carlos Chagas (ICC/ Fiocruz Paraná) inaugurou a reforma e ampliação de suas instalações, localizadas no Parque Tecnológico da Saúde (Tecpar), em Curitiba.

Em novembro, duas emergências em Saúde Pública agitaram a Fundação Oswaldo Cruz. No dia 12, o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), no Rio de Janeiro, recebeu um caso de suspeita de ebola. Após a realização de todo o protocolo internacional para identificar a doença, os especialistas da Fiocruz descartaram a suspeita do vírus. Outro problema que surpreendeu a comunidade médica foi a identificação do vírus zika em dois casos de microcefalia. O aumento na notificação de casos de microcefalia, sobretudo no Nordeste, fez com que o Ministério da Saúde decretasse Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional. Uma boa notícia no combate ao Aedes aegypti, que transmite chikungunya, zika e dengue, foi o lançamento do inseticida biológico DengueTech, que marcou a abertura do seminário Vigilância em Saúde das Doenças Virais. O mês terminou com o lançamento do Dicionário Feminino da Infâmia, que trata do acolhimento e diagnóstico de mulheres em situação de violência.

Dezembro foi marcado pelo crescimento do número de casos de microcefalia e outras complicações inéditas causadas pelo vírus zika. Para enfrentar o problema, o governo federal anunciou o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, em parceria com estados e municípios. Mas também houve boas notícias. O Brasil recebeu o certificado de eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita da Organização Mundial da Saúde (OMS). Dezembro também foi mês da realização da 15ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília, que teve o tema Saúde Pública de Qualidade para cuidar bem das Pessoas. Direito do Povo Brasileiro. Antes do recesso do legislativo, o Senado aprovou o novo Código de Ciência, Tecnologia e Inovação, que teve a contribuição fundamental da Fiocruz desde o início da tramitação do projeto de lei, em 2011.

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Vírus zika

Novembro: Fiocruz identifica vírus zika em dois casos de microcefalia

Livro: violência contra mulheres

Editora Fiocruz lançou 'Dicionário Feminino da Infâmia' em novembro

Canal Saúde em 2016

Setembro: ministros da Comunicação, Educação, Cultura e Saúde assinam acordo para criar o Sistema Público de Televisão Digital. Canal Saúde é um dos quatro novos canais públicos no Brasil

Esclerose múltipla

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fiocruz, a Merck e a Bionovis assinaram, em setembro, acordo de transferência de tecnologia de medicamento

Maconha

Julho: Fiocruz promoveu seminário internacional

Enfermagem

Maio: pesquisa inédita traçou perfil no Brasil

Dossiê Abrasco sobre agrotóxicos

Em abril, Fiocruz participou de lançamento de edição

Chikungunya

Fiocruz Paraná isolou o vírus em amostras humanas em março

Livre da rubéola

Dezembro: Brasil recebe certificado da OMS de eliminação da rubéola

Doação de remédios

Em fevereiro, a pedido da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) fez a doação de mais de 160 mil antimaláricos à Venezuela

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