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26/01/2016

Seminário no Piauí discute dengue, chikungunya e zika

Ministério da Saúde


Para reforçar as ações de mobilização e discutir alternativas para o enfrentamento ao Aedes aegypti, a Fundação Oswaldo Cruz realizou, nos dias 21 e 22 de janeiro, em Teresina (PI), o Seminário Dengue, Chikungunya e Zika: Controle e Intervenção na Saúde.

Realizado em parceria com o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde do Piauí e a Fundação de Amparo à Pesquisa do estado, o evento teve como objetivo fortalecer a rede de assistência à saúde e conscientizar a população sobre as medidas de prevenção contra o mosquito transmissor das três doenças. A programação do seminário contou com paineis e debates com a participação de técnicos da pasta e Fiocruz, além de representantes estaduais e municipais de órgãos públicos responsáveis por ações de combate e controle do Aedes Aegypti.

Com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Castro, especialistas discutiram o Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia (Foto: Ministério da Saúde)
 

Durante o encontro, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, apresentou aos profissionais e gestores os detalhes do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia. O plano envolve 19 órgãos e instituições federais e é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas; e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa. As medidas emergenciais estão sendo colocadas em prática para intensificar o combate ao mosquito, em uma grande mobilização nacional do governo federal em parceria com estados e municípios.

"Nós só venceremos a batalha contra o mosquito quando tivermos uma vacina contra o vírus zika. Nossos laboratórios estão estudando várias linhas de pesquisas para desenvolver uma em tempo hábil. Mas isso leva tempo e, enquanto a gente não tem o remédio, temos que mobilizar a sociedade para derrotar o Aedes. A arma que temos hoje para enfrentar o mosquito é não deixar ele nascer”, ressaltou o ministro Marcelo Castro.

Para garantir que a população intensifique as ações de combate em suas residências, estão sendo realizadas ações com agentes comunitários de saúde, profissionais das equipes de Atenção Domiciliar/Melhor em Casa e agentes de endemias para o controle do vetor e eliminação de criadouros. Além das equipes, as Forças Armadas e a Defesa Civil também fornecem apoio logístico para transporte de profissionais de saúde e distribuição de inseticidas.

A execução é acompanhada pela Sala Nacional de Coordenação Interagências. Os estados também criarão suas salas, que contarão com a presença de representantes do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde, Educação, Segurança Pública (PM e Bombeiros), Assistência Social, Defesa Civil e Forças Armadas.

Recursos

A presidenta Dilma Rousseff sancionou, no dia 15 de janeiro, recursos para o desenvolvimento das ações de vigilância em saúde, incluindo o combate ao Aedes aegypti, em 2016. Os repasses federais destinados para o controle do mosquito cresceram 39% nos últimos anos (2010-2015), passando de R$ 924,1 milhões para R$ 1,29 bilhão. Para 2016, a previsão é de um incremento de R$ 580 milhões, uma vez que o valor chegará a R$ 1,87 bilhão. Além disso, foi aprovado no orçamento um adicional de R$ 500 milhões para o enfrentamento do Aedes.

Microcefalia

Até 16 de janeiro, foram registrados 3.893 casos suspeitos de microcefalia, em 764 municípios de 21 unidades da federação. Do total notificado, 224 tiveram confirmação de microcefalia, 6 confirmaram a relação com o vírus zika e outros 282 foram descartados. Continuam em investigação 3.381 casos suspeitos de microcefalia. No total, foram notificados 49 óbitos por malformação congênita. Destes, cinco foram confirmados para a relação com o vírus zika, todos na região Nordeste. De acordo com o informe, o estado do Piauí conta com 77 casos suspeitos de microcefalia.

Para aumentar os diagnósticos de PCR (biologia molecular) para o vírus zika, serão distribuídos 500 mil exames para os laboratórios públicos, ampliando em 20 vezes a capacidade dos testes. As primeiras 250 mil unidades serão entregues, em fevereiro, inicialmente para 27 laboratórios, sendo quatro de referência e 23 Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN). A previsão é que os outros 250 mil testes estejam disponíveis a partir do segundo semestre. No total, o Ministério da Saúde investiu R$ 6 milhões para a aquisição dos produtos.

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