Agência Fiocruz de Notícias

Em comemoração ao Dia do Médico (18 de outubro), a Sociedade de Cirurgia e Medicina do Rio de Janeiro (SMCRJ) realizou, na última segunda-feira (17), a entrega do prêmio ‘Médico do Ano’, em que homenageou Paulo Gadelha, presidente de uma das maiores e mais importantes instituições em pesquisas do país, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A cerimônia ocorreu no Auditório Geral Nobre do Hospital Universitário Gafreé e Guinle, no Rio de Janeiro. 

Em sua 38ª edição, a solenidade - que reconhece médicos dedicados à profissão, com ética e amor à Medicina - contou com a presença de diversos docentes e representantes da categoria médica, como o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), Associação Médica Brasileira (AMB) e Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj).

Presidente da SMCRJ, Marilia de Abreu Silva entregou em mãos a placa de homenagem ao médico eleito, e ressaltou a importância de Gadelha na luta pela Saúde Pública. “Agradecemos a dedicação desse profissional que realiza há décadas um trabalho excepcional na Fiocruz e por todo o país. Esse dia é especial, e serve para nos lembrar de todos os desafios que a classe médica enfrenta e supera no Brasil, como a luta diária pela valorização profissional”, afirmou.

Paulo Gadelha agradeceu à SMCRJ pelo título, e lembrou a relevância da premiação, que já homenageou personalidades como Ivo Pitangui, Pedro Ernesto, Paulo Niemeyer e Raul Fialho de Faria Junior, entre outros. “A SMCRJ é uma das mais relevantes sociedades do país e é representada por grandes médicos da medicina clínica e cirúrgica. O fato da Sociedade ter me reconhecido como um merecedor do prêmio me deixou extremamente feliz e honrado. Carregarei com muita honra e alegria essa placa, esse momento e esse simbolismo, encarando como um compromisso pessoa e incentivo para continuar a fazer ainda mais pela população e pelo país”, disse Gadelha.

O presidente da Fiocruz também agradeceu em seu discurso todos que colaboraram e estiveram presentes em seus anos de formação acadêmica. “Essa homenagem tem um sentido especial, porque se dá em um ano de extrema turbulência com crises política, econômica e sanitária de dimensões e características extremamente novas, como o caso da tríplice epidemia de zika, dengue e chikungunya. Essa conjunção de desafios deu ao nosso país a possibilidade de responder a uma crise de imensa dimensão, graças a base sólida de pesquisa e, principalmente, a constituição do nosso Sistema Único de Saúde [SUS]”, destacou.

“Talvez não fique tão claro para todos a coragem que esse país teve ao declarar a emergência sanitária de interesse nacional. Foi nesse momento que a Fiocruz, em especial, pôde manifestar todo o potencial que seus anos de tradição possui, para que assim pudesse ser um dos esteios na resposta a verdadeiros enigmas da ciência e nas questões da prática da saúde pública. Acredito, portanto, que essa é uma homenagem também a Fiocruz, à saúde pública brasileira, a medicina e a essa relação entre o clínico, epidemiólogo, pesquisador e o sanitarista, que têm a missão e os valores para defender a vida da nossa população”, afirmou Paulo.

O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) parabenizou Gadelha, recordando sua atuação e luta na Conferência Nacional de Saúde, em 1986, pela reforma sanitária que gerou a formação do SUS. “Gadelha foi um dos principais incentivadores da implantação do SUS e, até hoje, é um grande lutador da saúde pública. Então, nesse momento em que a saúde vem sendo subfinanciada e golpeada pela PEC 241, que pretende congelar o orçamento da saúde por 20 anos, temos que dar os parabéns a ele pela sua trajetória na Fiocruz e na luta pela saúde do Brasil”, concluiu Nelson Nahon.

Foram convidados para compor a mesa de abertura do evento: o vice-presidente do Cremerj, Nelson Nahon; a coordenadora de ensino da Escola de Medicina e Cirurgia da UniRio, Maria Marta Tortori; o representante da Associação Médica Brasileira, Eduardo Vaz; o presidente da Fiocruz e Médico do Ano 2016, Paulo Gadelha; a presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (SMCRJ), Marília de Abreu; o presidente da Sociedade de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Somerj), José Ramon Blanco; o representante do CFM no Rio de Janeiro e diretor do Cremerj, Sidnei Ferreira; e o representante da Academia Nacional de Medicina, Carlos Alberto Basílio.