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10/04/2018

'Arquivos, ditadura e democracia' estarão em debate na Fiocruz

Solange Argenta (Fiocruz Pernambuco)


A importância da preservação do patrimônio documental na administração pública e o uso de documentos de arquivos como fontes para a pesquisa histórica estarão em discussão na Fiocruz Pernambuco, no dia 19 de abril, às 9h. A mesa redonda Arquivos, ditadura e democracia será coordenada pela pesquisadora do Departamento de Saúde Coletiva da Fiocruz Pernambuco, Tereza Lyra, e terá como expositores: a pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) Ana Luce Girão; a relatora da Comissão da Verdade em Pernambuco, Socorro Ferraz e o diretor do Arquivo Público de Pernambuco, Félix Filho. As apresentações serão seguidas de um debate. Promovido pela Comissão para a Gestão de Acervos Culturais das Ciências e da Saúde da Fiocruz Pernambuco e COC/Fiocruz, o evento é aberto ao público, sem necessidade de inscrição prévia.

Tereza Lyra explica que a ideia da realização dessa mesa redonda surgiu no dia que marcou os 49 anos do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em 13 de dezembro do ano passado, quando a Comissão Estadual da Memória e da Verdade Dom Helder Câmara doou dois volumes impressos do seu relatório final para a Fiocruz Pernambuco. Esses documentos foram disponibilizados para consulta na biblioteca da instituição, uma leitura que a pesquisadora considera fundamental para todos, a fim de que essa história não se repita, em especial face às ameaças recentes. “Discutir a memória nesse momento significa discutir o contexto atual em que o Brasil vive”, afirma Tereza.

A pesquisadora ressalta a importância dessa discussão ser feita dentro de uma instituição de pesquisa, com a dimensão histórica da Fiocruz, que tem pautado a questão de sua memória institucional tanto do ponto de vista do seu papel para a saúde pública, como também para a sociedade como um todo. Como exemplos, Tereza lembra que vários dos pesquisadores da Fundação foram presos políticos e exilados durante a ditadura e destaca a contribuição da Fiocruz na construção do Sistema Único de Saúde. “Então a memória dessa instituição tem muito a ver com a história do Brasil, com o passado, e recuperá-lo eu acho que é muito importante”, conclui.

Comissão 

Realizadora da mesa redonda, a Comissão para Gestão de Acervos Culturais das Ciências e da Saúde da Fiocruz Pernambuco foi criada em 2017, com o objetivo de planejar, organizar, orientar e executar programas, planos e procedimentos voltados para a preservação dos acervos culturais das ciências e da saúde pertencentes à instituição. Integrada por servidores das Vice-direções de Ensino, Gestão e Pesquisa da unidade, desenvolve suas atividades em consonância com a Política de Preservação e Gestão de Acervos Culturais das Ciências e da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz.  

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