Agência Fiocruz de Notícias

Branquitude e práticas antirracistas é o tema do próximo encontro virtual promovido pelo Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz. O evento, que ocorrerá em 11 de maio, das 10h às 12h, será transmitido pelo canal da Vídeo Saúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube.

Há muito que o movimento negro e a academia vêm discutindo – seja pela ótica do opressor ou do oprimido – os conceitos de racismo e de negritude. O mesmo não vem ocorrendo com o conceito de branquitude, que se refere ao papel de privilégio simbólico e material das pessoas brancas, cuja discussão, por muitos anos, ficou restrita a poucos autores. 

Para dialogar sobre esta lacuna nas teorias das relações raciais e as suas implicações nas relações sociais cotidianas da população brasileira, o encontro terá como convidadas as pesquisadoras Ionara Magalhães de Souza e Lia Vainer Schucman. Ionara é pedagoga, especialista em Estudos Étnicos e Raciais, mestra e doutora em Saúde Coletiva; professora e coordenadora de Políticas Afirmativas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Lia é psicóloga, ativista antirracista, mestra em Psicologia e doutora Psicologia Social. E é também autora de livros como Famílias inter-raciais e Entre o encardido, o branco e o branquíssimo: branquitude, hierarquia e poder na cidade de São Paulo. Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina.

O encontro virtual Branquitude e práticas antirracistas será mediado pela jornalista Erika Farias, da Coordenação de Comunicação Social da Fiocruz e integrante do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da instituição. A atividade contará com tradução para língua brasileira de sinais (Libras), como forma de ampliar a acessibilidade e, para participar, basta acessar aqui. O objetivo do Comitê em promover esse debate é contribuir com a formação dos seus integrantes e da comunidade Fiocruz na construção de práticas antirracistas, estimular a reflexão sobre a visão eurocêntrica de mundo e do papel do homem branco como referência de superioridade, suas consequências cotidianas para toda a população (em especial a população negra) e formas de reverter tais estruturas tão enraizadas em nossa sociedade. 

O Comitê

O Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz foi criado em 2009, para consolidar uma agenda institucional pelo fortalecimento dos temas étnico-raciais e de gênero na Fundação, colaborando para uma constante atualização e reorientação de suas políticas, bem como de suas ações, seja nas relações de trabalho, seja no atendimento ao público e na produção e popularização do conhecimento. Periodicamente, o Comitê realiza atividades de formação e iniciou essa série de encontros virtuais diante das recomendações de distanciamento social para o enfrentamento ao novo coronavírus.

Uma instituição de saúde pública cuida de pessoas. A Fiocruz acredita no conceito de saúde ampliado, em que ter saúde não é apenas o contrário de estar doente. Saúde é um aspecto amplo e que envolve diversas esferas da vida pessoal e em sociedade. Promover cidadania, equidade de gênero e raça e acesso igualitário a oportunidades é também promover saúde. O Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, assim como outras frentes de atuação da instituição, entre as quais pesquisa, ensino, assistência, inovação e comunicação, está em constante desenvolvimento para promover saúde ampla para seus mais de 10 mil trabalhadores e para a população brasileira. Todos permanentemente em defesa da vida.

Serviço
Encontros virtuais do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz 
Tema: Branquitude e práticas antirracistas
Data: 11/5/2021
Horário: 10h às 12h
Convidadas: Ionara Magalhães de Souza e Lia Vainer Schucman