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08/06/2018

Chefe de Gabinete da Fiocruz aponta desafios e avanços do SUS em seminário na Câmara dos Deputados

Fiocruz Brasília


Em seminário promovido pela Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados, em homenagem aos 30 anos do SUS, o chefe de gabinete da Fiocruz, Valcler Rangel, apontou alguns avanços e desafios para o sistema de saúde. Para Rangel, é necessário, incialmente, comemorar o SUS como movimento social, patrimônio da sociedade brasileira e como direito humano. O evento foi realizado nesta quarta-feira (6/6) no Plenário 2 do anexo 2 da Câmara.

O Seminário 30 Anos do SUS, organizado a partir de um requerimento do Deputado Jorge Solla (PT-BA), reuniu, além de parlamentares de diversos partidos, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, alguns ex-ministros da pasta, como os senadores Humberto Costa (PT-PE), José Serra (PSDB-SP), e o deputado Ricardo Barros (PP-PR), e os presidentes do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald Santos; do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Guimarães Junqueira, e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Leonardo Moura Vilela. Além de Valcler Rangel, que representou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, também participou do evento.

Em sua fala, Valcler Rangel defendeu que, para uma efetiva consolidação do SUS, é preciso se trabalhar para a mudança de alguns paradigmas, dentre eles, o de que a saúde é investimento, e não gasto. “A saúde cria emprego, renda e contribui para a soberania nacional”, disse Rangel. Apontou avanços do sistema, como a implantação do Samu e os programas Saúde da Família, HIV/Aids e de Tabagismo. Lembrou, ainda, nomes importantes para a construção do SUS, como o ex-presidente da Fiocruz, Sérgio Arouca, e outros sanitaristas de renome, como David Capistrano, Gilson Carvalho, dentre outros.  

No que se refere ao tema financiamento da saúde, Rangel citou que se fosse retirada apenas uma pequena parcela dos juros utilizados para o pagamento da dívida pública do país, já seria possível proporcionar um grande ganho para o setor saúde. Dentre os desafios a que se referiu, destacou o do acesso ao sistema, de forma a que dados negativos sejam superados, como o de morte em maior número de mulheres negras e pobres que padecem em virtude de abortos não assistidos. 

Ao longo do evento, diversos parlamentares se revezaram ao microfone para apresentar pontos de vista muitas vezes distintos sobre os desafios que envolvem o SUS. Dentre as opiniões, grande parte delas versava sobre a questão do financiamento e da gestão do sistema. Enquanto alguns defendiam que os problemas persistentes decorrem de falhas de gestão, outros apontavam que o sub-financiamento da área está na raiz das questões a serem resolvidas. 

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