Início do conteúdo

02/12/2019

Delegação holandesa faz visita de prospecção à Fiocruz

Daniela Rangel (Agência Fiocruz de Notícias)


A Fiocruz recebeu na última sexta-feira (29/11) uma delegação holandesa que veio ao Brasil para reuniões de prospecção em big data nas áreas de saúde e ciências da vida. Além de representantes do governo holandês, o grupo contava com profissionais de diversas universidades do país. Os holandeses conheceram as ações da Fiocruz em big data, como o Programa de Computação Científica (Procc) e o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde (Cidacs), entre outras. A cônsul da Holanda para Ciência, Tecnologia e Inovação, Petra Smits, resumiu o objetivo da visita: “A primeira vez que vim à Fiocruz fiquei me perguntando como não estávamos colaborando mais, por isso viemos conhecer melhor o trabalho da Fiocruz para identificar onde podemos atuar juntos”.

A delegação holandesa em visita ao Castelo da Fiocruz (Foto: Pedro Linger)

 

O assessor político do Ministério de Relações Econômicas e Políticas para o Clima da Holanda, Robert Thijssen, destacou as áreas prioritárias para projetos de cooperação internacional em saúde definidas pelo governo holandês: “Doenças crônicas, especialmente demência, que são desafios não só de nosso país, mas do mundo todo. Queremos ir do tratamento para a busca pela cura”. Para o coordenador das Ações de Prospecção da Fiocruz, Carlos Gadelha, o diferencial da Fiocruz vai ao encontro do que o governo holandês precisa, já que a instituição atua desde a pesquisa até a produção. “Nós temos cérebros e mãos”, afirmou Gadelha.

Já o coordenador do Programa Inova Fiocruz, Milton Osório Moraes, citou o enfretamento à epidemia de zika como um exemplo de utilização de tecnologia e inovação para resolver um problema de saúde pública. “É importante trazer algumas doenças 'novas' para esta discussão pois normalmente envolvem questões como sequenciamento genético e desenvolvimento de produtos inovadores”, disse o coordenador.

Os holandeses se mostraram interessados em entender como o Brasil está lidando com o problema de queda da cobertura vacinal da população e consequente volta de doenças que estavam erradicadas. “Não acho que aqui haja problemas como no resto do mundo, as pessoas não desconfiam tanto da eficácia das vacinas”, explicou Gadelha. O coordenador do Inova Fiocruz, Milton Osório Moraes, complementou: “No Brasil a política de austeridade na área de saúde é muito pior que os movimentos antivacina”.

A reunião com a delegação holandesa foi organizada pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) e também contou com a participação de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).

Voltar ao topo Voltar