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16/03/2015

Fiocruz Acolhe recebe e orienta estudantes de fora do Rio

Erika Farias


Dar as boas- vindas aos estudantes dos campi do Rio de Janeiro, que vêm de outros estados ou países. Este foi o objetivo da segunda edição do Fiocruz Acolhe, evento realizado na última quinta-feira (12/3), pela Coordenação-Geral de Pós-Graduação da Vice-Presidência de Ensino, Informação e Comunicação (CGPG/VPEIC), com apoio do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) e do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). O encontro, promovido no auditório do Museu da Vida, contou com a presença de 63 inscritos – 15% a mais do que em 2014.

A coordenadora geral de Pós-Graduação da Fiocruz, Cristina Guilam, e a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação, Nísia Trindade Lima, prestigiaram o evento (Foto: Peter Ilicciev)
 

O trabalho de acolhimento na Fundação, as dificuldades de moradia, alimentação e transporte dos estudantes, diferenças culturais, segurança, além de soluções e projetos de melhoria, foram alguns dos assuntos abordados. A coordenadora geral de Pós-Graduação da Fiocruz, Cristina Guilam, abriu o evento enfatizando a importância do acolhimento destes alunos. “Sabemos que muitos estudantes encontram muita dificuldade quando chegam ao Rio. Queremos fazer dessa relação uma via de escuta e resolução de problemas que eles possam vir a enfrentar”, afirma.

Prestígio internacional

A vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação, Nísia Trindade Lima, também destacou a importância da instituição no âmbito internacional, caracterizada pela quantidade de alunos estrangeiros nos quadros da Fiocruz. “Nós tratamos como ‘estudantes’, mas na verdade, essas pessoas são, muitas vezes, profissionais de saúde desses países, que vem completar sua formação aqui”, afirmou, ressaltando o papel da Fundação na construção de quadros de gestão pública de todo mundo. “Nas unidades regionais, também temos a formação de quadros importantes dos Ministérios da Saúde e dos Institutos de saúde a eles vinculados”, disse.

Estudantes estrangeiros e de fora do Rio tiraram dúvidas e fizeram reivindicações (Foto: Peter Ilicciev)
 

Representando a Associação de Pós-Graduandos (APG), Geovane Dias Lopes discursou sobre resultados de levantamentos que apontaram as principais dificuldades de quem chega ao Rio. Em primeiro lugar ficou a questão da moradia e, em segundo, a documentação para a permanência no país. Apesar disso, agradeceu a coordenação do programa. “É importante frisar que isto não é apenas uma recepção, é realmente um acolhimento, porque as pessoas que estão à frente deste trabalho são pessoas que estão verdadeiramente preocupadas com o dia a dia destes estudantes”. Embasando o discurso de Geovani, a pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) Patrícia Cuervo apresentou dados que mostraram o sucesso da primeira edição do evento. “Todos que vieram em 2014 e preencheram nossa avaliação disseram que recomendariam o Fiocruz Acolhe para alunos do ano seguinte”, disse.

Com grande e animada participação dos presentes, a troca de informação e cultura foi bastante produtiva, e em retorno, serviu como uma declaração de compromisso da Presidência da Fiocruz com seus alunos. Doutorando do Programa de Medicina Tropical do IOC, o colombiano José Joaquín Carvajal Cortés, deu seu depoimento. “Sou um estudante brasileiro que nasceu em outro país. Quando cheguei aqui, me senti muito bem recebido”, contou o aluno, completando que é muito importante se sentir parte, poder entender o lugar em que está e assim construir um pensamento crítico. “Vocês não sabem a alegria de voltar ao seu país com tudo o que aprendeu”, revelou.

Bem-estar para estudantes e trabalhadores

Para atender reivindicações dos alunos, algumas medidas foram anunciadas pelo diretor da Diretoria de Recursos Humanos (Direh), Juliano Lima. Em referência ao valor da alimentação no campus, Juliano afirmou que um novo restaurante, com preços mais acessíveis, será instalado no prédio onde fica a sede da Asfoc. As obras devem começar em cerca de três meses. Para solucionar a questão dos transportes, um aplicativo para celulares, o Carona Solidária, já está sendo produzido, e pretende auxiliar não apenas o deslocamento, como o trânsito, incentivando a prática de caronas dentro do campus. Outra novidade será a construção de três quiosques de café e lanches, no segundo semestre de 2015, que preencherá uma lacuna de áreas de lazer e convívio existente atualmente.

O diretor do Centro de Relações Internacionais, Paulo Buss, também discursou sobre o fluxo de conhecimento produzido na Fiocruz e sobre o esforço de internacionalização da instituição. “Fazemos aqui uma diplomacia da ciência e tecnologia. Foi a qualidade de nossa produção, do nosso centro de conhecimento de saúde, que nos permitiu ser um local de ensino”, afirmou. Já a responsável pelas demandas de ensino internacional na VPEIC, Marcia Silveira, resumiu de forma simples e completa o significado do evento. “O Fiocruz Acolhe é o entendimento de que o acolhimento faz parte. O estudante vem com toda sua cultura, sua história. Ele não deixa sua alma, nem o sentimento, nem a família do lado de fora. Vem como uma pessoa inteira. Que estuda, também”, completou.

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