Agência Fiocruz de Notícias

A contribuição do cientista Oswaldo Cruz no combate a doenças como a febre amarela, peste bubônica e varíola foi decisiva no início do século 20. As ações dirigidas pelo jovem médico reduziram as mortes causadas por essas doenças no Rio de Janeiro. Em 1903, houve 584 óbitos causados pela febre amarela na cidade, que era capital do Brasil; em 1908, as mortes pela doença foram apenas quatro. Organizada pelo Museu da Vida, a exposição Oswaldo Cruz: médico do Brasil leva ao público a rica biografia do cientista. Conta, para isso, com 18 painéis com fotografias e textos que abordam o intenso trabalho nas áreas de pesquisa biológica, médico-sanitárias, na saúde pública e, também, da administração do Instituto Soroterápico Federal de Manguinhos, que originaria a Fiocruz. Além dos painéis – que medem 1,98m por 98cm –, a mostra conta com exibição de vídeos.

A exposição marca ainda o centenário da morte de Oswaldo Cruz, em 11 de fevereiro. Para lembrar a data, haverá um terminal de acesso ao projeto Oswaldo Inspira, iniciativa do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) com documentos disponibilizados pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), entre os quais acervo inédito repassado à Fiocruz pelo neto de Oswaldo Cruz, o médico Eduardo Oswaldo Cruz.

Oswaldo Cruz

Oswaldo Cruz nasceu em 5 de agosto de 1872 na cidade de São Luís do Paraitinga, em São Paulo. Ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1887; formou-se cinco anos depois com a tese de doutoramento A vehiculação microbiana pelas águas. Em 1897 foi para Paris, onde estudou microbiologia, soroterapia e imunologia no Instituto Pasteur e medicina legal no Instituto de Toxicologia. Ao retornar ao Brasil, dois anos depois, reassumiu antigo cargo na Policlínica Geral do Rio de Janeiro. Em 1903, assumiu a Diretoria Geral de Saúde Pública e intensificou seu plano de combate à febre amarela, varíola e peste bubônica. Com o êxito obtido nesse trabalho na capital federal, em 1907 recebeu a medalha de ouro em nome da seção brasileira presente no 14º Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, na Alemanha. Oswaldo Cruz morreu em 11 de fevereiro de 1917, em Petrópolis, na Região Serrana fluminense.

Exposição inclui exibição de vídeos

Na exposição, serão exibidos os documentários Um Cientista uma História (episódio 11, disponível aqui)  e Cinematógrafo Brasileiro em Dresden, que a Vídeo Saúde Distribuidora da Fiocruz disponibiliza aqui, com direção de Stella Oswaldo Cruz e Eduardo Thielen.

Exposição Oswaldo Cruz: médico do Brasil

Local: Galeria de Arte Willy Voigot – sede da Prefeitura de Nilópolis
Endereço: Rua Pedro Alvares Cabral, 305
Período para visitação: 26/4 a 25/5
Visitação: de segunda a sexta-feira, das 9 às 17h.
Entrada gratuita