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26/11/2015

Fiocruz Pernambuco esclarece dúvidas sobre vírus zika

Fiocruz Pernambuco


O Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM/Fiocruz Pernambuco), unidade da Fundação no estado de Pernambuco, vem a público, por meio desta nota, esclarecer a sua real contribuição nas pesquisas que envolvem o vírus zika e sua relação com o síndrome de Guillain-Barré, devido a informações equivocadas veiculadas pela imprensa a respeito do tema.

A Fiocruz Pernambuco, em 2014, não desenvolveu qualquer estudo e não realizou testes para identificação do vírus zika. Este ano, no entanto, dentro de um projeto de pesquisa voltado para o estudo da dengue (de título Estudo prospectivo para a identificação de sinais clínicos, fatores virológicos e imunológicos preditivos da forma clínica severa da dengue, aprovado no edital Programa de Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde - PPSUS Rede, 3ª rodada) os pesquisadores identificaram, por diagnóstico molecular, dez amostras positivas com material genético do vírus zika, em um universo de 224 casos suspeitos de dengue investigados laboratorialmente. Foi comprovado que sete destas dez amostras eram de pacientes com comprometimento neurológico. A Fiocruz ressalta que a identificação do tipo de comprometimento neurológico, seja Síndrome de Gulliian-Barré ou qualquer outra, não foi feita pelos pesquisadores da Fundação e sim por médicos neurologistas da rede assistencial de saúde.

Atualmente, a única pesquisa da Fiocruz Pernambuco que envolve o vírus zika é o projeto The emergence of Zika Virus in Brazil: investigating viral features and host responses to design preventive strategies, recém aprovado no edital da Fundação de Amparo à Ciência e à Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), no último dia 3 de novembro de 2015. O projeto, que tem à frente o pesquisador do Departamento de Virologia e Terapia Experimental (Lavite) da Fiocruz Pernambuco, Rafael França, pretende produzir novos métodos para diagnóstico das infecções do vírus zika, realizar estudos epidemiológicos e biológicos do vírus por meio do estudo da interação vírus-células, usando modelos in vitro. O projeto do Lavite será desenvolvido em colaboração com o Center of Virus Research da Universidade de Glasgow (Reino Unido) e contará com apoio de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).

A Fiocruz Pernambuco não está realizando nenhum outro estudo que tenha relação com o vírus zika. Sugerimos aos profissionais da imprensa que, para maior segurança na veracidade das informações, busquem os contatos com nossos pesquisadores a partir da assessoria de comunicação da unidade regional da instituição. Vale destacar que, com relação aos recentes casos de microcefalia, todas as atividades da Fiocruz estão sendo desenvolvidas em consonância e parceria com o Ministério da Saúde (MS) e as secretarias estaduais de Saúde.

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