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27/11/2017

Fiocruz promove 2° Fórum de Laboratórios de Referência

Matheus Cruz (Agência Fiocruz de Notícias)


A Fiocruz promoveu, na última quarta-feira (22/11), o 2º Fórum de Laboratórios de Referência. O evento teve como objetivo discutir as perspectivas para o credenciamento e recredenciamento dos laboratórios de referência junto ao Ministério da Saúde (MS). Na mesa de abertura, estiveram presentes o coordenador geral dos Laboratórios de Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS), Osnei Okumoto, o coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio da Cunha, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

"Nos momentos de crise, só podemos superar os desafios com trabalhos conjuntos e com programas institucionais mais claros”, pontuou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima (foto: Virgínia Damas)

 

Para Nísia, foi um acerto conformar a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência. Em sua visão, trata-se de uma área fundamental e, principalmente, transversal a todas as áreas da Fiocruz: ensino, pesquisa, inovação, cooperação técnica interinstitucional, entre outras. “É importante olhar de forma integrada para essa questão e para a importância de se ter uma coordenação específica para atuar de forma integrada neste campo. Nos momentos de crise, só podemos superar os desafios com trabalhos conjuntos e com programas institucionais mais claros”, pontuou.

Já Osnei Okumoto ressaltou a parceria com a Fiocruz e também o empenho da SVS na modernização dos laboratórios de referência: “esses laboratórios têm sido sempre objetivos e dão as melhores respostas em casos de surto”, afirmou. “Com certeza um passo adiante já foi dado com a automatização da imunohistoquímica”, ponderou ele, cumprimentando a chefe do Laboratório de Imunohistoquímica do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz), Janice Coelho. "Sou muito grato pela aproximação da CGLAB com a Fiocruz, intermediada pelo Rivaldo e pela Nísia”, disse.

Em sua apresentação, o coordenador geral dos Laboratórios de Saúde Pública informou que o edital para a habilitação de laboratórios de referência ainda está sendo concluído e por isso ainda não foi divulgado. Okumoto também frisou a importância da hierarquia na relação da CGLAB com os laboratórios de referência da Fiocruz. “Os pedidos dos laboratórios devem passar primeiro pela Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz”, destacou. 

Ele anunciou que, futuramente, haverá outra portaria para definir recursos para laboratórios, que poderá contemplar aqueles laboratórios que não se enquadrem ou não sejam habilitados pela Portaria 33/2017. E também explicou que “além do recurso distribuído para os laboratórios, haverá um recurso centralizado na Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde para atender períodos de surto, para descentralizar para os laboratórios nos casos esporádicos de epidemias não previstas”.

Osnei Okumoto falou ainda sobre alguns desafios para melhorar nos laboratórios, como por exemplo a “falta de atenção” dos laboratórios na fase pré-analítica. “Vários requisitos das condições laboratoriais, métodos e registro dos dados apresentaram problemas na fase pré-analítica. Por exemplo, os dados sobre a triagem e transporte de amostra. Grande parte desses dados mostraram falhas, provavelmente de laboratórios sem o preparo adequado”, afirmou. Finalizando sua apresentação, informou que “os laboratórios serão avaliados anualmente para a manutenção ou não da habilitação”.

Na ocasião, Rivaldo Venâncio chamou a atenção para a importância da criação da Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência (CVSLR). “Ao longo de quase um ano de trabalho, temos construído uma boa interação e relação com todos os laboratórios de referência”, comentou. Ele também exaltou a parceria com a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB) e a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), agradecendo, também, a confiança e o apoio que a equipe da CVSLR tem recebido da presidente Nísia, do vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mário Moreira, e de suas equipes técnicas, em especial da Coordenação-Geral de Planejamento Estratégico (Cogeplan) e Coordenação-Geral de Administração (Cogead).

Ao final do Fórum, Rivaldo listou os desafios para 2018. Entre eles, citou a necessidade de todos os laboratórios de referência terem contratos de manutenção preventiva e com equipamentos calibrados. “É importante também que haja uma política efetiva de renovação do parque tecnológico dos laboratórios de referência, a racionalização do período de renovação de bolsas e dos processos de compras de insumos e a construção de um projeto claro e objetivo para o credenciamento de laboratórios que podem não estar no escopo do edital da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde”, defendeu.

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