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10/12/2005

Fiocruz será a sede do Instituto de Terapia Celular

Luciana Silva


Diante dos resultados positivos até o momento e com o desenvolvimento de estudos para tratamento de doenças crônico-degenerativas com células-tronco, a exemplo do mal de Chagas e da cirrose crônica, a Bahia dá um passo importante para a ampliação do procedimento terapêutico à população com o lançamento do Instituto de Terapia Celular (ITC). O Instituto foi lançado na terça-feira (29/11), no Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz (CPqGM), unidade da Fiocruz na Bahia.


Após a apresentação do novo Instituto - em cerimônia que contou com a presença de autoridades estaduais e federais e representantes de instituições integrantes do ITC - pelo pesquisador e chefe do Laboratório de Engenharia Tecidual e Imunofarmacologia (Leti) do CPqGM, Ricardo Ribeiro dos Santos, a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Maria do Carmo Leal, enfatizou o orgulho da instituição em participar de uma das iniciativas pioneiras no país. "A Fiocruz está cumprindo o seu papel social de desenvolver pesquisas de ponta, lutando por melhores dias e melhor padrão de vida da população", salientou.


O governador do Estado da Bahia, Paulo Souto, destacou a enorme sinergia e concentração de esforços de diversas instituições que formam o ITC e garantiu, em parceria com a Fiocruz, o êxito do programa e o comprometimento do governo estadual no apoio ao desenvolvimento de pesquisas no novo Instituto. Os secretários estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação, Rafael Lucchesi, e da Saúde, José Antonio Rodrigues Alves, o diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Alexandre Paupério, e o diretor do CPqGM, Lain Carlos Pontes de Carvalho, estiveram presentes.


Novas técnicas


O Instituto de Terapia Celular da Bahia é uma iniciativa que reúne a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), a Fiocruz e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) que vai criar condições para viabilizar a realização de procedimentos cirúrgicos com células-tronco numa escala maior, envolvendo diversos grupos clínicos na Bahia e em outros estados da Federação. Com recursos iniciais na ordem de R$ 5 milhões, o ITC já conta com laboratórios no CPqGM e hospitais participantes para a preparação de células-tronco a serem utilizadas nos procedimentos cirúrgicos, assim como vai reunir pesquisadores para o desenvolvimento de novas técnicas de utilização de células-tronco em diabetes, esclerose lateral amiotrófica, doenças auto-imunes e neurológicas, dentre outras enfermidades crônico-degenerativas.


Dentro do ITC, a Fiocruz da Bahia faz a pesquisa básica e caracterização e monitoramento das células a serem utilizadas nos processos cirúrgicos. Todo o procedimento com pacientes, a exemplo da cardiopatia chagásica e da cirrose crônica, é feito nos hospitais, que já têm laboratórios para desenvolvimento das técnicas de terapia celular. A previsão é de que, até 2008, os procedimentos mais complexos sejam realizados no Parque Tecnológico de Salvador, que será construído na Avenida Paralela, na capital baiana.


Juntamente com Fiocruz, Secti e Finep, as ações do Instituto de Terapia Celular da Bahia contam com a participação do Instituto do Milênio de Bioengenharia Tecidual (IMBT), do Instituto de Biotecnologia da Bahia (IBB), dos hospitais Santa Isabel, São Rafael e Português, do Centro de Transplante de Medula Óssea (CTMO), do Centro de Diabetes e Endocrinologia do Estado da Bahia (Cedeba) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A iniciativa também conta com o apoio do Governo do Estado por meio das secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação e da Saúde e da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesb), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e do Ministério da Saúde (MS), além do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).


 

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