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03/11/2016

INI/Fiocruz ingressa na Rede Rute e avança na telemedicina

Antonio Fuchs (INI/Fiocruz)


Com a palestra Uveítes infecciosas, do vice-diretor de Pesquisa Clínica, André Curi, o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) inaugurou seu núcleo da Rede Universitária de Telemedicina (Rute) nesta quinta-feira (3/11). O ambiente, localizado no prédio da Direção do INI, em Manguinhos (RJ), é composto por uma sala de videoconferência com equipamentos para conexão em banda larga que permitem assistência remota a pacientes e atividades de educação a distância, além de pesquisa colaborativa e nasce de uma parceria da unidade com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), responsável pela coordenação da Rute. O evento contou com as presenças do diretor Alejandro Hasslocher, dos vice-diretores José Cerbino Neto (Serviços Clínicos) e Marilia Santini (Qualidade e Informação), além do Coordenador Nacional da Rede Rute, Luiz Ary Messina.

Na ocasião, foi lançado também o núcleo do Hospital Geral do Grajaú (HGG), pertencente ao Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês, em São Paulo, com a participação, através de videoconferência, da diretora do Hospital, Jocelene Pereira.

A Rute estimula a integração e a colaboração entre profissionais de saúde por meio de Grupos de Interesse Especial (do inglês Special Interest Groups - SIGs). O primeiro SIG do INI/Fiocruz será o de Pesquisa Clínica, conforme informou o médico responsável pelo projeto no Instituto, Manoel Paes de Oliveira Neto.

Da telemedicina à Rede Rute

A ideia para se criar um núcleo de telemedicina no INI/Fiocruz visando a oferta de cursos, palestras e atividades on-line ocorreu na gestão de Valdilea Veloso à frente da direção do Instituto. Manoel Paes, que já havia feito um primeiro contato com a Rede Rute, lembra que a iniciativa não foi concretizada por conta de questões orçamentárias e falta de infraestrutura necessária em diversos municípios do estado do Rio de Janeiro interessados na disseminação de informação e atenção médica à pacientes e outros profissionais de saúde que seriam ofertados pelo INI.

“Nosso plano era fazer um Ambulatório de Teledermatologia nos moldes da teleassistência que existe no Canadá. Devido à existência de áreas remotas, principalmente para atender a população de esquimós, os canadenses desenvolveram serviços de saúde de atenção primária que pudessem ser feitos através de telemedicina. Desta forma, grupos de médicos passaram a utilizar equipamentos portáteis de raio-x e, ao viajar para localidades distantes, faziam os exames na população e, via computador, os profissionais de radiologia lotados em grandes centros analisavam e faziam os laudos. Nós pensamos em fazer algo do gênero em 2004, com a ideia do ambulatório virtual, mas não conseguimos”.

Já na gestão de Alejandro Hasslocher foi pensada a criação de um Centro de Estudos independente, mas ligado ao INI/Fiocruz, para se ofertar cursos, com um aspecto mais jurídico, em um ambiente virtual dentro do Instituição. Esse projeto também não foi viabilizado por conta de diversos fatores. Por fim, Manoel Paes explicou que voltou a fazer contato com a Rede Rute, de forma a implantar a infraestrutura de suporte necessária às atividades de Telemedicina no INI/Fiocruz. Esse processo compreende oito etapas: diagnóstico local; apresentação de propostas; assinatura de contrato; licitação dos equipamentos e serviços; implantação da infraestrutura; teste dos equipamentos e serviços; ativação dos hospitais na RNP e homologação e operação na RNP.

“Com a homologação final, o INI começará suas atividades com o SIG de Pesquisa Clínica, agendando todas as atividades que queremos transmitir pela rede. Além disso, pretendo ampliar os contatos com médicos e pesquisadores aqui do INI para criar novos SIGs. Julgo interessante um SIG de Oftalmologia Infecciosa com dr. André Curi. Esse é um tema inédito aqui no Brasil e seria muito importante para nós”, explicou o médico Manoel Paes.

“Pretendemos levar, com essa iniciativa, toda a expertise acumula por nossos pesquisadores para todo país, através de uma linguagem moderna e dinâmica, oferecendo cursos, aulas e promovendo a troca de conhecimentos de forma a melhorar, cada vez mais, nossos Sistema de Saúde”, ressaltou o diretor do INI/Fiocruz, Alejandro Hasslocher.

Rede Rute

Com 10 anos de atuação e 124 núcleos em operação em todo o Brasil, a Rede Rute é formada por mais de uma centena de instituições a partir de uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), se tornando um importante passo para a qualificação de recursos humanos para o Sistema Único de Saúde (SUS).

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