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15/08/2008

Mario Hamilton: uma história de dedicação à saúde pública

Edna Padrão


Personagem atuante no processo de democratização da Fiocruz, o argentino Dalton Mario Hamilton, que morreu no último 25 de julho, completaria 76 anos nesta sexta-feira (15/8). Pesquisador-titular da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fundação, exerceu atividades de pesquisa e docência na área de planejamento em saúde. Ele ocupou os cargos de superintendente de Administração Geral (SAG), superintendente de Planejamento, vice-diretor da Ensp e vice-presidente de Desenvolvimento Institucional da Fiocruz.


 Mario Hamilton (à direita), o ministro José Gomes Temporão e o vice-presidente da Fiocruz Paulo Gadelha

Mario Hamilton (à direita), o ministro José Gomes Temporão e o vice-presidente da Fiocruz Paulo Gadelha


A trajetória de Mario Hamilton na Fiocruz, além de muitas outras atividades, foi permeada por sua atuação no movimento da Reforma Sanitária. Ele afirmava, em 1986, que aquele era o momento para as propostas da área de saúde serem levadas à prática, embora soubesse que o caminho a ser percorrido havia apenas começado. “É um desafio complicado, porque as próprias interpretações da Reforma Sanitária aparecem como arranjos institucionais, arranjos do fundo único, o sistema único, as brigas entre as instituições... Pouco se fala de programar atenção médica, de melhorar a quantidade, a qualidade dos serviços de atenção médica, que é um dos grandes problemas do Brasil”.


Dalton Mário Hamilton, segundo seus amigos e colegas de trabalho, foi um dos grandes nomes na história da saúde pública no Brasil. Um homem de planejamento. Trouxe modernas práticas de gestão à Fiocruz. Dentre muitas atividades, atuou em sistemas de informação em saúde desde a Argentina, passando pelo interior de Minas Gerais e Pernambuco, até chegar à Fiocruz, onde abraçou a causa da Reforma Sanitária brasileira.


A dedicação ao trabalho convivia com heranças da infância. Não faltaram as atividades esportivas, como futebol, basquete (que treinava duas vezes por semana), xadrez e cartas. Considerava-se quase um expert nessa última modalidade. Amante da vida e das grandes cidades, Hamilton também era conhecido por ser exímio dançarino de tango.


 Mario Hamilton dança tango em seu último aniversário, em 2007

Mario Hamilton dança tango em seu último aniversário, em 2007


Gabriela e Mariano são os filhos do primeiro casamento. Susana Esther Badino, esposa com quem vivia há 46 anos, é a mãe de seus outros quatro filhos: Wanda, Santiago, Alejandro e Luis Alberto. Teve dez netos.


O começo de tudo


Os projetos de Montes Claros e Caruaru


A trajetória na Fiocruz


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