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23/09/2022

Fiocruz lamenta morte de Nelson Brasil de Oliveira, presidente de honra da Abifina

Agência Fiocruz de Notícias (AFN)


A Presidência da Fiocruz lamenta profundamente o falecimento do engenheiro químico Nelson Brasil de Oliveira, presidente de honra da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), na manhã desta sexta-feira (23/9), aos 93 anos. Nelson foi uma das figuras fundamentais para a articulação, alguns anos atrás, das políticas de desenvolvimento tecnológico-industrial, das encomendas tecnológicas e do uso do poder de compras do Estado. Eleito presidente da Abifina em 1994, ele marcou a história da Associação, à qual dedicou mais de 30 anos, e se tornou uma das principais vozes contra as propostas norte-americanas para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) no que toca à propriedade intelectual e ao sucateamento da base industrial brasileira.

De acordo com o pesquisador Jorge Bermudez, que foi vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, “lembrar de Nelson Brasil é falar dos esforços para desenvolver tecnologia na indústria farmacêutica e farmoquímica nacional”. Para o ex-diretor do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) Hayne Felipe, “Nelson, sempre perseverante, dedicou a vida à causa da soberania nacional por meio da indústria da saúde”. A Abifina é parceira da Fiocruz em diversas iniciativas.

A importância estratégica do segmento de química fina e biotecnologia ganhou relevância com a pandemia de Covid-19, devido aos problemas relacionados à importação de insumos para a produção de vacinas e outros medicamentos, bem como para o aproveitamento do enorme potencial do Brasil na área da biotecnologia. Em entrevista publicada em 2019, Nelson afirmou que “os investimentos requeridos para atividades inovadoras e complexas na área da saúde são extremamente elevados. A viabilização de empreendimentos no complexo industrial da química fina necessariamente requer a presença do Estado (Ministério da Saúde) para a realização de investimentos inovadores nas áreas de maior demanda social a ser atendida pelo [Sistema Único de Saúde] SUS”.

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