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16/11/2022

Abertura do Medtrop 2022 destaca ciência, democracia e fortalecimento do SUS

Roberta Vilanova (Medtrop 2022)


O 57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Medtrop 2022) foi aberto, no domingo (13/11), no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, com enaltação à ciência, à democracia e ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Presidente da SBMT, pesquisador da Fiocruz e anfitrião do evento, Júlio Croda contou com a presença de representantes de diversas instituições de Saúde, como a presidente da Fundação, Nisia Trindade Lima; o representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), Miguel Aragón; e o representante do Ministério da Saúde (MS), Cássio Peterka; além de presidentes de sociedades médicas e outras personalidades.

Em seu pronunciamento, Julio Croda falou de sua primeira participação em Medtrop, ainda cursando o segundo ano do curso de medicina na UFBA e como aluno de iniciação científica da Fiocruz Bahia. “Lembro a felicidade que senti naquele momento, podendo entender a ciência, conhecer e interagir com tanta gente interessante e com o propósito de vida dedicado às populações vulneráveis”, afirmou. “Aproveitem cada momento desse Medtrop". 

Em seguida, o presidente da SBMT destacou a importância do Fórum Nacional de Doenças Infecciosas Negligenciadas. “Tenho orgulho, como presidente da SBMT, de ver a força alcançada por esse espaço legítimo de referência nacional de luta pela visibilidade das necessidades e demandas das pessoas e comunidades em risco ou acometidas pelas doenças tropicais negligenciadas”, comentou. “Precisamos apoiar e legitimar espaços e contribuir para a criação de mecanismos para garantir voz. Não podemos mais aceitar que essas pessoas morram ou fiquem incapacitadas para uma vida plena, por limitação de diagnóstico, de tratamento efetivo, de vacina, de medicamento desenvolvido há mais de 50 anos”, enfatizou Júlio Croda.

Júlio Croda ainda prestou homenagem aos especialistas Bodo Wank, Lee Riley e Rosemary Costa Pinto, que faleceram recentemente; e também aos especialistas como Ethel Maciel, Alberto Chebabo, Margareth Dalcolmo, que atuaram na pandemia de covid-19 e são referência, principalmente, no papel importante de comunicação e ciência. “Meus agradecimentos a todos vocês que estiveram na mídia debatendo Covid e orientando a população”. Ele agradeceu também o apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, da Fiocruz e da Opas ao evento, além de realizar um agradecimento especial a Pedro Vasconcelos, Cléa Bichara e Marinete Póvoa, membros da Comissão Científica local e a todos os prestadores de serviços. 

A presidente da Fiocruz, Nisia Trindade Lima, falou sobre sua alegria em estar no evento, reafirmando a força do Sistema Único de Saúde (SUS), um compromisso para todos. “É hora de reforçar a importância de fortalecer o SUS, a democracia e a participação popular”. Nísia ressaltou a necessidade de ampliar as buscas por soluções inovadoras para o SUS. "Muitas dessas soluções têm vindo de momentos como o Medtrop".

Presidente da Comissão Científica, Pedro Vasconcelos, comentou sobre o árduo trabalho de elaborar a programação científica, mas que resultou nesse grande evento que é o Medtrop. O representante do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, destacou que a aproximação com a academia e com a pesquisa é fundamental para o avanço do SUS. Ele também ressaltou a importância da intersetorialidade para a solução dos problemas na área da Saúde.

Por fim, o representante da Opas, Miguel Aragón, disse que era um privilégio estar participando do Medtrop 2022 pela primeira vez. Ele parabenizou a SBMT pelos seus 60 anos de existência, trabalho e esforço e, principalmente, por documentar cientificamente e fazer propostas baseadas em evidência para a luta contra todas as doenças. Isso não só no Brasil, mas em outras partes do mundo.

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