05/11/2024
Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)
Foi em 2004 que a Coordenação de Comunicação Social (CCS/Fiocruz) decidiu transformar o seu site na Agência Fiocruz de Notícias, como uma evolução natural do crescimento e da visibilidade da sua antiga página, lançada em 1998. O setor contava com uma equipe de jornalistas experientes, acostumados a escrever sobre saúde e ciência, e dispunha de um grande volume de notícias da Fundação para divulgar. Até então, agências de notícias eram ligadas aos jornais de grande circulação (Globo, Folha, Estadão) ou eram empresas de comunicação estrangeiras (AFP, Reuters, Ansa etc), sendo raras em instituições públicas e praticamente inexistentes nas áreas de saúde e ciência. A partir disso, a CCS, tendo à frente sua então coordenadora, Christina Tavares, e o subcoordenador à época, Wagner de Oliveira, reuniu seus jornalistas, contratou uma designer especialmente para a tarefa e criou a AFN em 2004.
A CCS avaliou sites de agências de notícias para estudar como atuavam, pesquisou as melhores ferramentas de edição e elencou o que a AFN precisava apresentar. Rapidamente surgiram modelos e, após reuniões, sugestões e ajustes, foi lançado o novo site. Vale ressaltar que, desde o começo, o veículo fez uso, além dos textos redigidos pelos jornalistas da CCS, da produção feita por profissionais das assessorias de comunicação das unidades da Fiocruz, instâncias que sempre contribuíram para abastecer a AFN de notícias.
O jornalista Wagner de Oliveira, que era o subcoordenador da Coordenação de Comunicação Social (CCS/Fiocruz) na época e liderou o projeto que levou à criação da AFN, relembra na entrevista a seguir o início e os primeiros anos do veículo.
O jornalista Wagner de Oliveira liderou o projeto que levou à criação da AFN em 2004 (foto: Divulgação)
Como era o site da CCS, que existiu antes da AFN?
Wagner de Oliveira: Aquele primeiro site surgiu no momento em que a internet já ocupava um espaço significativo em capilaridade e amplitude. A CCS produzia muito conteúdo e o site era uma área para organizar e ordenar tudo o que era feito em termos de texto pelo setor. Havia um jornal, que muito depois virou revista. Mas a equipe se ressentia de não contar com um espaço que servisse de repositório para as notícias que eram produzidas. A CCS dispunha de uma boa equipe de redatores e repórteres com experiência em saúde e ciência em veículos de comunicação da grande imprensa. Não raramente recebíamos elogios de como os nossos textos eram bem escritos e fundamentados. A imprensa também aproveitava nossos releases para fazer matérias, às vezes só trocava uma coisa ou outra, ou um parágrafo ou outro, e usava nosso conteúdo. E também era uma maneira de prestar contas do trabalho feito na Fiocruz, de guardar a memória. Então, nada mais natural do que criar um site para a CCS, cujo primeiro ensaio apareceu em 1998, quatro anos depois da primeira versão do Portal Fiocruz. Este, aliás, mudou muito até se estabilizar numa versão consolidada, no início dos anos 2000.
Imagem da primeira versão do site da CCS/Fiocruz (Arquivo CCS)
Antes da AFN, mas quando já dispunha de um site próprio, a CCS ocupava e editava um espaço no Portal Fiocruz. Como era essa área?
Wagner de Oliveira: O Portal apresentava a Fiocruz à sociedade. Havia uma linha do tempo, os fatos históricos e as atualidades, nesse caso a cargo da CCS. Então existia um espaço no Portal Fiocruz, cerca de um quarto da home, que era editado e atualizado diretamente pela CCS.
Por que surgiu a AFN?
Wagner de Oliveira: São dois componentes. O campo da comunicação estava bem desenvolvido e amadurecido na Fundação e era entendido como uma determinação social da saúde. Comunicação já era considerada área finalística e assim aparecia nos documentos do Congresso Interno, já havia uma Vice-Presidência que contemplava o setor. Tínhamos ultrapassado uma primeira fase, anos antes, em que a comunicação era entendida apenas como marketing. E, com a equipe com que a CCS contava, podíamos produzir conteúdo qualificado para divulgar para todo o país por meio de uma agência de notícias. Aí entravam reportagens, artigos, entrevistas etc. dando uma contribuição decisiva para o debate nacional sobre ciência, saúde coletiva e SUS. Sabíamos o que os laboratórios, incluindo os de fora do Rio, estavam produzindo, fazíamos a revisão de português de artigos escritos por pesquisadores, fazíamos boas entrevistas sobre questões conjunturais como epidemia de dengue e gripe aviária. Enfim, tínhamos o que dizer e a CCS entendeu o seu papel nesse cenário em que o campo da comunicação assumiu um papel estruturante para o SUS e a ciência.
Então, juntamos o conteúdo qualificado feito pela CCS, produzido por uma boa equipe de jornalistas, alguns com passagens por grandes jornais diários e outros que vieram da revista Ciência Hoje e estavam acostumados a escrever sobre os temas da Fiocruz, além de profissionais com experiência em redação e revisão de texto. Em determinado momento, com a internet consolidada como ferramenta importante, a boa produção feita por nossa equipe e a Fiocruz tendo o que comunicar, chegamos à ideia de criar uma agência de notícias. E havia um antecedente: a Fiocruz tinha muita referência como órgão que produz conteúdo e reflexão qualificados sobre ciência e saúde. Então, a intenção foi também a de concentrar num espaço os conteúdos que os jornalistas pudessem acessar e desenvolverem pautas, aproveitar entrevistas, artigos, em especial as rádios e os jornais do interior. Enfim, a gente tinha muito o que dizer, com conteúdo de qualidade e expertise acumulada na CCS para bancar a criação de uma agência com o selo da Fiocruz, o que não é nada trivial, já que requer acúmulo de experiência e segurança no que é feito.
A segunda parte da resposta é que chamamos jornalistas e designers para pensar o que seria o guia de navegação e criamos outras seções, como a Estante, para divulgar e resenhar os livros da Editora Fiocruz. Muitas unidades ainda não tinham assessorias, então publicávamos matérias sobre artigos veiculados em revistas científicas, como a Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, os Cadernos de Saúde Pública, a História, Ciências, Saúde - Manguinhos etc. Assim a AFN foi crescendo e incorporando conteúdos.
Lembro quando houve a crise da gripe aviária, momento em que fizemos um hotsite que virou referência e que sugeríamos à imprensa quando os jornalistas queriam consultar conteúdo qualificado. Já havia fake news... Também procuramos redes de rádios comunitárias para que divulgassem nossos materiais. Dizíamos que podiam usar, apenas pedíamos que dessem os créditos. Tudo isso foi surgindo a partir de brainstorms que ocorriam na famosa mesa de reunião da CCS. Inventamos os Perfis de Manguinhos, dedicados a biografias de renomados pesquisadores. Eram conteúdos para dar músculos à AFN e agregar cada vez mais conteúdo. Na Fiocruz existiam o Canal Saúde, a VideoSaúde, o Portal, a revista Radis... e a CCS tinha como carro-chefe a AFN. Com o tempo, os pesquisadores passaram a nos procurar para contar novidades sobre pesquisas, projetos etc. A AFN estava afixada nas mentes.
O conceito foi inspirado em alguma outra agência?
Wagner de Oliveira: Sim, um pouco. Fomos pioneiros em bancar uma agência de notícias de uma instituição pública e de pesquisa. Havia as agências noticiosas estrangeiras e as nacionais, ligadas aos grandes jornais, como Globo, Folha e Estadão. O conceito básico era esse. A questão era como adaptar esse conceito de distribuição de material jornalístico a uma instituição como a Fiocruz e sem virar chapa branca, que servisse apenas para tecer loas à Fundação. A ideia era fugir disso. Tanto que produzimos debates que polarizaram, como a questão da esquistossomose: é melhor gastar milhões para desenvolver uma vacina ou é preferível investir em saneamento nas áreas rurais e controlar o caramujo transmissor? Porque sanear custa menos e é um caminho mais fácil e civilizatório em relação à vacina. O objetivo, portanto, era o de se abrir para a sociedade, apresentando o trabalho da Fiocruz ao implantar uma agência de notícias.
Que conteúdos destaca nestas duas décadas?
Wagner de Oliveira: Os Especiais da AFN, que continuam a ser produzidos, reunindo um diversificado conteúdo, foram uma ótima sacada. Neles dissecamos temas como ebola, epidemia de dengue, H1N1 e tantos outros. Vale mencionar a cobertura de grandes eventos, como as conferências nacionais de Saúde. No caso da 12ª Conferência Nacional de Saúde, que ocorreu antes de surgir a AFN, eu e outros colegas acompanhamos e cobrimos in loco, em Brasília, e este material virou um especial para o então site da CCS, pré-AFN. Nas conferências seguintes enviamos jornalistas que mandavam conteúdo para o Rio. A AFN significa um amadurecimento do campo da comunicação na Fiocruz, além do amadurecimento da própria CCS como agente que entrega conteúdo qualificado à imprensa e à sociedade.
Como surgiram os Perfis de Manguinhos, o Glossário de Doenças e o Fio da História, seções da AFN com conteúdo diferenciado?
Wagner de Oliveira: No caso dos Perfis de Manguinhos, a gente convivia com grandes cientistas, de referência nacional e internacional, expoentes em suas áreas de atuação, que formaram legiões de pesquisadores e viveram episódios marcantes na instituição, como o Massacre de Manguinhos. Havia o Wladimir Lobato Paraense, uma referência mundial em malacologia, o Victor Valla, outra referência, nesse caso em educação popular, o Hermann Schatzmayr, um pesquisador de ponta em dengue, o sanitarista Sergio Arouca, o parasitologista Luiz Rey, autor de muitos livros célebres, incluindo um conhecido dicionário muito consultado por toda a CCS na redação de textos. Existia aquele estereótipo, no imaginário social, de que ‘cientista não dá boa biografia’, já que tem uma vida reta, fica apenas no laboratório e fala de coisas que ninguém entende. Só que não. Eles tinham ricas histórias de vida. E, você sabe disso, nossa intenção era fazer essas biografias, os Perfis, seguindo os moldes do chamado jornalismo literário para contar essas histórias. Jornalismo literário que era e segue sendo uma paixão nossa, uma paixão que cultivamos na CCS, como você bem sabe.
O Glossário tem um antecedente. A Fiocruz passou a ser mais conhecida a partir do momento em que passou a contar com a sua primeira equipe de assessoria de comunicação profissional, no início da década de 1980. Primeiro veio a Christina Tavares, que montou o setor na Fiocruz e o liderou por muitos anos, depois vieram Ana Palma, Umberto Trigueiros e outros. Um marco daquela época foi quando os cientistas da Fiocruz isolaram o HIV, um feito de imensa importância. Então houve, depois de muitos anos de ditadura no país, uma entrevista coletiva no qual eles puseram a Fiocruz a serviço do debate qualificado. Nos anos 1990, a CCS foi encorpada e entraram outros jornalistas, que ampliaram o nosso conteúdo. A partir daí, se procurarmos nos arquivos, o número de reportagens sobre a Fiocruz na imprensa aumentou bastante. Eu acredito que parte do imaginário favorável sobre a Fundação, que começou a ser consolidado naquele período, se deve ao trabalho da CCS e de outras áreas de comunicação da Fiocruz.
Vale destacar que a Fundação foi uma das primeiras instituições públicas a ter uma assessoria de comunicação profissionalizada na Nova República. Na década de 1990, a imprensa começou a veicular muitas notícias sobre a Fiocruz. Foram realizados vários congressos e eventos científicos e muitos dos repórteres que os cobriam, em especial os de rádio, mas não apenas eles, não tinham preparo e desconheciam questões de saúde e ciência. Para suprir essa lacuna, decidimos preparar melhor os repórteres que faziam as coberturas e começamos a fazer os glossários, bem como oferecer cursos de formação. Com isso, atendíamos uma reclamação recorrente dos pesquisadores, que naquele momento criticavam bastante a falta de conhecimento dos jornalistas que os entrevistavam e as incorreções nas reportagens veiculadas pela imprensa. O Glossário qualificou a cobertura e mostrou aos pesquisadores que estávamos atuando no treinamento dos repórteres. A ideia, claro, foi aproveitada na AFN.
Sobre o Fio da História: a história da Fiocruz é muito rica e o nosso patrono, Oswaldo Cruz, no início do século passado, já era muito midiático. Ele entendeu cedo que precisava se comunicar com a sociedade e contratou o fotógrafo J. Pinto para documentar toda a construção do Castelo da Fiocruz e as expedições científicas ao interior do Brasil. Ele produziu filmes para uma exposição internacional. Existe um documentário da VideoSaúde, o Cinematógrafo brasileiro em Dresden, que traz imagens de filmes que retratam a campanha contra a febre amarela empreendida no Rio de Janeiro por Oswaldo Cruz. A obra contém cenas de filmes produzidos pelo Instituto Oswaldo Cruz, embrião da atual Fiocruz, e apresentados por Oswaldo Cruz em Dresden, na Alemanha, em 1911. São os primeiros filmes científicos do Brasil. Ou seja, há muita história bacana na Fiocruz para ser transformada em conteúdo jornalístico.
Eu lembro de um Fio da História que recordava a visita de Albert Einstein ao Brasil e à Fiocruz, em 1925. Quando pegamos o elevador centenário do Castelo, lembramos que por ele passaram Einstein, Theodore Roosevelt, Fidel Castro, François Mitterrand e tantas outras personalidades. Além, claro, de centenas de pessoas anônimas que visitam a Fundação e que também são igualmente importantes. Voltando ao Fio da História sobre o Einstein, na abertura do texto fizemos um jogo com coisas que ele pediu durante a visita, recordando que Einstein queria ir ao quinto andar ver a paisagem, numa época em que as águas da Baía de Guanabara chegavam bem perto e as montanhas observadas do alto do Castelo exibiam uma vegetação mais exuberante e intocada. Einstein se disse encantado, apesar de reclamar do calor, elogiou o verde e a Baía. Ele quis café gelado e posou para foto à esquerda de Carlos Chagas, o que nos levou, no texto, a fazer um jogo comparando aquele momento com a oração do Pai-Nosso e Einstein a um deus, o que de fato ele era na época, um deus da ciência. O Fio da História é isso: recuperar a história da Fiocruz e brincar com o jornalismo literário, gerando prazer em que lê e fugindo do texto institucional.
A AFN contribuiu para a formação de jornalistas?
Wagner de Oliveira: Em muitos casos sim. Diversas vezes recomendamos aos repórteres, antes de congressos, eventos ou entrevistas, que consultassem o Glossário de Doenças ou outras matérias da AFN. Era uma preocupação nossa, para qualificar os profissionais de imprensa. Até para facilitar a abordagem junto a uma parte dos pesquisadores, que ainda tinham um certo preconceito em relação aos jornalistas e mesmo resistência em dar entrevistas.
A resistência dos cientistas aos jornalistas diminuiu com a qualificação do trabalho feito pela CCS?
Wagner de Oliveira: Sim, bastante. Conforme eles liam e viam que o conteúdo tinha qualidade. A habilidade dos jornalistas da CCS e posteriormente das assessorias de comunicação das unidades da Fiocruz, como a do IOC e outras, no manejo das informações e na produção dos textos, contribuiu decisivamente para essa mudança de percepção por parte dos pesquisadores. A CCS plantou e as assessorias das unidades seguiram este caminho. Então, passamos a ser procurados por pesquisadores que queriam divulgar uma iniciativa, um estudo, um livro, um evento científico. Se, no início nós fomos atrás dos pesquisadores, depois eles passaram a nos procurar para veicular seus projetos. Com isso, até mesmo outras instituições passaram a entrar em contato com a CCS para divulgar suas notícias, embora a AFN, desde o começo, publique apenas conteúdo referente à Fiocruz.
Qual a importância, para uma instituição pública como a Fiocruz, de contar com uma agência de notícias?
Wagner de Oliveira: São várias. A primeira é a de prestar contas permanente à sociedade. A Fiocruz é uma instituição estratégica do Estado brasileiro e o orçamento vem dos impostos pagos pelo contribuinte. Para quem quer saber como a Fiocruz emprega o seu orçamento, basta entrar na AFN que verá como é uma instituição dinâmica, produtiva e que está o tempo todo dando respostas às demandas da saúde pública. A outra é dar centralidade à comunicação. Fomos pioneiros em realçar a função social dos cientistas e dos trabalhadores do SUS no jogo político, via comunicação. E há ainda um pacto com o processo civilizatório. A AFN representa o processo civilizatório ao oferecer ‘biscoito fino’, em termos de informação qualificada, à população, algo que o país e o mundo precisam cada vez mais.
Home da primeira versão do site da AFN, em 16 de maio de 2005 (imagem: Arquivo CCS)
Como avalia o jornalismo de saúde e ciência no Brasil?
Wagner de Oliveira: Hoje há muito mais profissionais preparados no ramo que há 20 anos. No entanto, se muitas faculdades formam profissionais que têm imensas dificuldades com o básico para um jornalista, que são o conhecimento e o bom trato da língua portuguesa, o que dirá para cobrir saúde e ciência. Os congressos e eventos tiveram um papel importante na formação dos profissionais. Há muita gente produzindo conteúdo qualificado em ciência e saúde e nisso tem um pouco da atuação da CCS e da AFN, como no caso dos cursos que oferecemos, nos textos que publicamos etc. Costumo dizer que o New York Times mantém uma editoria de ciências com 20 profissionais, que chegam a produzir até cinco páginas em uma edição, ou seja, eles sabem da centralidade disso para um projeto de país. E assim incentivam a formação, tanto com jornalistas que vão fazer especializações em áreas biomédicas quanto em profissionais de saúde que estudam jornalismo e se tornam repórteres. A BBC mostra como uma política pública de formação de jornalistas rende frutos. E não apenas sobre ciência e saúde, mas em outras áreas, como história, política, economia. É um tema prioritário para os governos. A AFN, em determinado momento, pode vir a ter um espaço para checagem de informações científicas, com o carimbo da Fiocruz. O que sem dúvida concorrerá para qualificar ainda mais o debate e formar profissionais.
E, já que tocou na questão da checagem de fatos, como veria a AFN nos próximos anos?
Wagner de Oliveira: Há muito o que explorar. Hoje as pessoas leem pouco e consomem muito vídeo. Investir em vídeo é importante, bem como estabelecer parcerias com rádios comunitárias e universitárias. A EBC está se reestruturando e deve virar uma emissora de Estado, e não de governo, seguindo o modelo da BBC e da TV pública francesa. Assim a AFN conseguirá chegar a um público ainda mais amplo, com mais capilaridade. E o nome Fiocruz abre portas. É importante estar atento a tecnologias como podcasts, arquivos orais, spots de rádio, que podem ficar como uma memória na AFN, podendo ser baixados. Por que não uma Rádio AFN? E pensar para além do Sudeste e das capitais. O Brasil é muito grande e a Fiocruz é nacional. E a procura por conteúdo é enorme, por parte de emissoras independentes. É um nicho que pode ser ocupado. Temos qualidade e podemos ampliar nosso alcance.