17/09/2024
A Presidência da Fiocruz manifesta sua total solidariedade à reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a sanitarista e pesquisadora Gulnar Azevedo e Silva, que sofreu recentemente inaceitáveis ameaças. É imprescindível que a reitora, o vice-reitor Bruno Deusdará e a sua equipe recebam, por parte das autoridades estaduais, a proteção que garanta a integridade física de todos. Ameaças físicas, nunca é demais insistir, são inadmissíveis.
É um momento grave, em que a Reitoria da Uerj está ocupada por estudantes que contestam mudanças nas regras para a concessão de bolsas e auxílios de assistência. A ocupação gerou conflitos e, segundo a Reitoria, cerceamento, por parte de alguns estudantes, do direito de ir e vir. O direito à livre manifestação democrática e o entendimento das sérias dificuldades orçamentárias que atingem as universidades públicas não inclui, por óbvio, tolerar atitudes agressivas ou violentas.
De acordo com a Uerj, a política de auxílios mantida pela universidade estava vinculada à pandemia da Covid-19. A universidade informa ter recebido menos da metade da proposta orçamentária de 2024, que contêm o plano de gastos da universidade. A Reitoria tem procurado dialogar e negociar com os estudantes e vem promovendo reuniões para explicar a situação, tendo por objetivo acomodar as reivindicações frente às limitações orçamentárias da Uerj. Ainda segundo a Reitoria, nenhum estudante em vulnerabilidade ficou sem suporte em algum tipo de auxílio.
A Fiocruz espera que o diálogo volte a imperar e que a Uerj, importante instituição de ensino e pesquisa do Rio de Janeiro, e parceira desta Fundação em tantos projetos e iniciativas, possa dar prosseguimento à sua missão, num ambiente responsável de democracia e liberdade.