Durante todo o mês de setembro, o Castelo Mourisco da Fiocruz estará iluminado na cor amarela, em alusão ao dia Dia Mundial e Prevenção ao Suicídio (10/9). A iniciativa faz parte de ação conjunta da instituição com o Centro de Valorização da Vida [1] (CVV), associação civil sem fins lucrativos que presta apoio emocional e previne o suicídio de pessoas que precisem conversar, sob total sigilo. O suicídio é considerado pelo Ministério da Saúde (MS) um problema de saúde pública, tirando a vida de uma pessoa por hora no Brasil, mesmo período no qual outras três tentam se matar sem sucesso.
Foto: Peter Ilicciev / Fiocruz
O Castelo, palco de diversos acontecimentos históricos da instituição, foi projetado pelo português Luiz Moraes Júnior e construído entre 1905 e 1918, às margens da Avenida Brasil, em Manguinhos. O edifício, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1981, já recebeu outras cores ou até mesmo teve suas luzes apagadas em outras datas comemorativas. Em julho deste ano, a Fiocruz expressou seu posicionamento contra toda forma de violência a que as mulheres ainda são submetidas iluminando seu Castelo com a cor lilás [2], que simboliza a luta pela garantia dos direitos das mulheres. Em março, o prédio de estilo neomourisco, intitulado oficialmente Pavilhão Mourisco ou prédio Central da Fiocruz, ficou vermelho [3] para marcar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose.
No mesmo mês em 2015, como parte da programação em homenagem aos 450 anos do Rio de Janeiro, os 20 holofotes do Castelo estiveram com películas de gel no tom azul [4], cor-símbolo da Cidade Maravilhosa. Em todas as ocasiões, a iniciativa da Fiocruz contou com o trabalho técnico do Departamento de Patrimônio Histórico da Casa de Oswaldo Cruz (DPH/COC), responsável pelas intervenções de preservação do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos (NAHM).
Em 2011, 2010 e 2009, utilizando o mesmo tipo de material, a Fiocruz deixou a fachada do Castelo vermelha, participando da campanha do Dia Mundial de Combate à Aids (1° de dezembro). Todos os anos desde 2009, a Fundação também participa da Hora do Planeta, desligando as luzes do núcleo histórico, formado por Pavilhão Mourisco (Castelo), Pavilhão Figueiredo de Vasconcelos (Quinino), Pavilhão da Cavalariça e Pavilhão do Relógio do campus Manguinhos. A Hora do Planeta é um ato simbólico, promovido no mundo todo pela organização não-governamental WWF, no qual governos, empresas e a população demonstram a sua preocupação com o aquecimento global, apagando as suas luzes durante 60 minutos.
Localizado na Av. Brasil, nº 4365, no Rio de Janeiro, campus de Manguinhos, o Castelo Mourisco da Fundação está aberto para visitação e, em geral, é a porta de entrada dos passeios programados pelo Museu da Vida. O espaço abriga a mostra permanente Passado e presente – ciência, saúde e vida pública, sobre a vida e obra de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas. Na exposição, o visitante realiza um passeio pelo Rio de Janeiro do início do século 20, a partir de fotos e documentos históricos, que também revelam o contexto de criação do Castelo. Dentre outras atividades lúdicas, o tour pelo edifício também inclui a mostra entomológica de Ângelo Moreira da Costa Lima, importante médico e pesquisador brasileiro que reuniu exemplares de insetos em sua coleção. Saiba aqui [5] como agendar a visita.
Em 2013, as torres do Castelo Mourisco passaram por uma restauração que valorizou sua imponência. Leia mais sobre o processo na reportagem especial [6] publicada na Revista de Manguinhos [7] da Presidência da Fiocruz. Confira também vídeo sobre as obras de restauração: