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26/01/2007

Sanitaristas lançam livro sobre doenças crônicas não transmissíveis

Rita Vasconcelos


Pesquisadores e alunos do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM), unidade da Fiocruz em Pernambuco, acabam de lançar o livro Epidemiologia, políticas e determinantes das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil. Organizada pelo diretor interino do CPqAM, Eduardo Freese, a obra traz pesquisa inéditas sobre as DCNT, abordando-as de maneira  crítica e propondo formas de enfrentamento desse extenso grupo de enfermidades e agravos à saúde pelo Estado e sociedade.


O livro é resultado do trabalho de 44 autores, entre pesquisadores, docentes e alunos do CPqAM e de instituições como as universidades de Pernambuco (UPE), Federal de Pernambuco(UFPE), Federal da Paraíba (UFPB), Johns Hopkins (em Baltimore, nos Estados Unidos), além do  Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira (Imip) e do Institut de Development Pour La Recherche (IDR), na França.


Com uma abordagem pioneira, crítica e reflexiva, o livro tem despertado o interesse de trabalhadores de outras áreas. “Acredito que esta obra possa se transformar num guia de consulta permanente para jornalistas que cobrem saúde e ciência. Além disso, a nova obra desperta mais reportagens sobre prevenção e políticas de saúde sobre doenças crônicas”, disse a repórter especial do Jornal do Commercio, Veronica Almeida.


Dividido em três partes, Epidemiologia, políticas e determinantes das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil tem um conteúdo amplo e concatenado com a realidade brasileira e, em alguns casos, mundial. Na opinião do organizador do livro, o grande esforço foi “articular epidemiologia, determinantes sociais, políticas dos programas de saúde e serviços de atenção básica e de alta complexidade como forma de enfretamento das doenças crônicas”.


Na primeira parte do livro, composta por sete capítulos, os autores trazem resultados de pesquisas inéditas sobre diferentes processos de transição demográfica ocorridos em vários países e continentes. Com uma série histórica cobrindo o período de 1950 até os dias atuais, outro ponto abordado, nesta primeira parte, é a evolução e tendência da mortalidade nas capitais brasileiras por doenças cardiovasculares, câncer e diabetes.


Na segunda parte da obra os autores analisam a magnitude, os determinantes, os fatores de risco e as medidas de promoção e prevenção para diversas doenças crônicas, como a diabetes tipo 2 e a síndrome de resistência à insulina, a osteoporose, algumas enfermidades decorrentes da exposição a produtos químicos (ambientais ou ocupacionais), as principais doenças reumáticas e a interface entre saúde bucal e as DCNT neste contexto de transição epidemiológica.


A terceira e última parte, composta por três capítulos, aborda temas específicos, a exemplo da prevalência da obesidade e o sobrepeso entre adolescentes no Brasil; as DCNT entre idosos de Fernando de Noronha; e um perfil epidemiológico e dos determinantes das doenças crônicas entre populações de indígenas no país. Essa etapa traz também um capítulo com análises sobre o desenvolvimento de vacinas profiláticas e terapêuticas para as DCNT através de quatro formas de mapeamento de epítopos e outro sobre a contribuição da análise espacial de taxas epidemiológicas calculadas para unidades geográficas, tomando como referência a diabetes.


Lançado pela Editora Universitária, Epidemiologia, políticas e determinantes das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil pode ser adquirido por R$ 40 na biblioteca do CPqAM (Avenida Professor Moraes Rego, s/nº, na Cidade Universitária, no Recife).

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