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02/01/2008

Acordos entre Brasil e Cuba beneficiam projetos da Fiocruz

Pablo Pires e Roberta Monteiro


Duas unidades da Fiocruz – o Instituto Fernandes Figueira (IFF) e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) – estão incluídas em dois projetos de cooperação assinados entre os governos de Cuba e do Brasil. Uma reunião em Brasília, nos dias 12 e 13 de dezembro, durante uma reunião bilateral de cooperação científica e tecnológica que envolveu os dois países, selou as bases da parceria.


 O vice-diretor do INCQS, Eduardo Leal (à esquerda), ao lado de Julia Helida Costa e Eddisel Rosário

O vice-diretor do INCQS, Eduardo Leal (à esquerda), ao lado de Julia Helida Costa e Eddisel Rosário


A cooperação científica e tecnológica do IFF ao Ministério da Saúde de Cuba envolve a Rede Latino-Americana de Bancos de leite Humano, coordenada pela equipe do Centro Latino-Americano de Tecnologia e Informação em Bancos de Leite Humano e Aleitamento Materno da Fiocruz. Segundo o coordenador da Rede, João Aprígio Guerra, a política de ampliação da Rede tem como fundamentos a qualidade do produto, a qualificação de recursos humanos, o modelo de gestão e o desenvolvimento científico e tecnológico.


De acordo com Aprígio, o projeto visa transferir tecnologia para Cuba e capacitar profissionais da área, no âmbito da gestão pela qualidade em Bancos de Leite Humano (BLH) e no programa de certificação para BLH com base na metodologia ISO 9000. Esta norma se refere a regulamentação de sistemas da qualidade e modelo de gestão que garanta a uniformidade do produto.


Já o INCQS está incluído no projeto chamado Controle de qualidade de produtos de risco submetidos à Vigilância Sanitária, que será desenvolvido em conjunto com o Centro para Controle Estatal de Medicamentos (Cecmed) de Cuba. “Para nós, isso representa a continuidade de uma parceria de grande êxito com o Cecmed, que vem desde 1995”, diz o vice-diretor do INCQS, Eduardo Leal, completando esperar “que novas iniciativas de colaboração desse tipo aconteçam no futuro”.


O acordo assinado prevê dois objetivos: o intercâmbio de técnicos e pesquisadores das duas instituições (INCQS e Cecmed) para treinamento e capacitação; e o estabelecimento de cursos para aprimoramento da gestão estratégica de laboratórios. As atividades fortalecerão o trabalho dos dois institutos no controle da qualidade de produtos submetidos à Vigilância Sanitária, tais como cosméticos, sangue, hemoderivados, vacinas e biofármacos.


O projeto será iniciado neste mês de janeiro e tem previsão para durar 12 meses. O custo, de pouco mais de US$ 82 mil, será pago pelo governo brasileiro, por meio da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores. Para que tudo se concretizasse, Leal faz questão de destacar o empenho da chefe da Divisão de Projetos do MS, Julia Helida Costa, e do primeiro-secretário da embaixada de Cuba no Brasil, Eddisel Rosário (ver foto acima).

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