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16/08/2017

Artigo avalia influências sociais no índice de massa corporal

Matheus Cruz (CCS/Fiocruz)


Diante da grande proporção que a obesidade tomou no mundo nos últimos anos e a forte influência que mudanças sociais exercem nesse aumento, pesquisadores das universidades Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) analisaram as influências do apoio social no índice de massa corporal (IMC). Publicado pela revista Cadernos de Saúde Pública (vol. 23 n° 5), da Fiocruz, o estudo Diferenças de gênero e idade no apoio social e índice de massa corporal em adultos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, de Débora França-Santos, Aldair Oliveira, Rosana Salles-Costa, Claudia de Souza Lopes e Rosely Sichieri, estudou 1.465 adultos, de 20 a 59 anos, no município de Duque de Caxias (RJ).

(Confira o artigo na íntegra)

O artigo ressaltou a importância do apoio social e em como seus cinco tipos, emocional, afetivo, instrumental, de informação e de interação social tem forte participação positiva ou negativamente nos comportamentos relacionados à saúde e são medidos e definidos de várias formas, geralmente consequentes dos recursos fornecidos pelo círculo social do indivíduo. As mudanças culturais, sociais e no estilo de vida que a pessoa passa também estão entre as principais causas para o aumento da obesidade. Como consequência da tensão, costumam mudar seus hábitos alimentares, consumindo mais alimentos ricos em gordura e açúcar como enfrentamento de condições de vida estressantes. Para explicar a associação existente entre as dimensões do apoio social e saúde, os pesquisadores consideraram as abordagens comportamentais, psicossociais e fisiológicas, sugerindo que o efeito protetor exercido pelo círculo social funciona como o encorajamento por um estilo de vida saudável.

Um outro estudo, feito de 1971 a 2003, com mais de 12 mil indivíduos, também sugere que o ganho de peso de uma pessoa pode influenciar o aumento de peso dos outros em até três níveis de distância na rede de apoio social. Os pesquisadores reforçaram, com essa pesquisa, que se os indivíduos pertencentes a um círculo social são capazes de influenciar o ganho de peso das pessoas próximas, seria possível que essa ação seja positiva, fazendo com que perpassem comportamentos positivos à saúde por intermédio de suas relações interpessoais.

O apoio social aos indivíduos pode ser protetor para obesidade para homens em algumas dimensões e faixas etárias, mas não é fator de proteção entre as mulheres, segundo o estudo. Os dados para a elaboração da pesquisa foram obtidos no projeto Grupo de Pesquisas sobre Segurança Alimentar e Nutricional em Duque de Caxias (Sanduc), no distrito de Campos Elíseos, por entrevistas diretas com questionário multidimensional e aferição de medidas antropométricas dos indivíduos.

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