Início do conteúdo

19/03/2013

Ciência Móvel inicia nova temporada com mais arte e ciência sobre rodas

Haendel Gomes


Ao participar na segunda-feira (18/3) da assinatura de parceria para a temporada 2013-2014 do projeto Ciência Móvel – Vida e Saúde para Todos, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, destacou a “construção da consciência cidadã” como papel ativo para a sociedade contemporânea. Gadelha ressaltou a necessidade de adoção de “instrumentos permanentes” para novos museus, ao manifestar satisfação com os parceiros do projeto coordenado pelo Museu da Vida: a Sanofi e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), responsável pelo desenvolvimento tecnológico e pela produção de vacinas, reativos e biofármacos. O lançamento da nova temporada do caminhão da ciência ocorreu na Tenda da Ciência, onde foi promovida a mesa-redonda Avanços e desafios da interiorização da popularização da ciência no Brasil.


 O caminhão do Ciência Móvel na Fundação

O caminhão do Ciência Móvel na Fundação



 

Na avaliação do vice-diretor de Pesquisa, Educação e Divulgação Científica da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Paulo Roberto Elian dos Santos, a sustentação de um projeto do porte do Ciência Móvel precisa “fazer parte da agenda da Fundação”. “Quando se fala em políticas públicas, fala-se em idéias e recursos”, acrescentou Santos. Segundo ele, a iniciativa está institucionalizada. Santos também chamou atenção para a profissionalização da busca por recursos, por meio da captação, o que, na opinião do dirigente, permite “perenidade” à iniciativa. Outro parceiro da COC na iniciativa é a Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj). Entre as novas atrações a serem levadas junto com os módulos interativos (exposições, oficinas, palestras e apresentação multimídia etc.) nas próximas viagens da equipe do projeto estão esquetes de teatro e circo.


A diretora de Comunicação Corporativa da Sanofi, Cristina Moscardi, ressaltou a confiança da Fiocruz perante a empresa, destacando a “contribuição de esforços” da iniciativa privada e o poder público para o sucesso do projeto. Ela citou outros eventos e projetos realizados em parceria com a Fundação como a exposição Epidemik (que aborda as grandes epidemias da história com a utilização de jogos interativos em forma de vídeogame), a mostra itinerante Vias do coração e o Centro de Documentação em História e da Saúde (CDHS), prédio a ser erguido no campus da Fiocruz, em Manguinhos, para abrigar o acervo sob a guarda da COC. Para Artur Roberto Couto, diretor de Bio-Manguinhos, a parceria será uma oportunidade para a unidade popularizar a ciência e “falar um pouco mais sobre vacinas”, trabalho, segundo ele, muito importante para levar ao público do projeto conduzido pelo Museu da Vida.


Em seis anos, o museu itinerante – que viaja a bordo de uma carreta de quase 14 metros de comprimento – percorreu cerca de 40 mil quilômetros (equivalente a 100 vezes a distância entre a Terra e a órbita da Estação Espacial Internacional / ISS, da qual o Brasil é parceiro) e beneficiou público estimado em 450 mil pessoas em visitas em mais de 60 cidades do interior da região Sudeste. O objetivo é aproximar a ciência do cotidiano dos visitantes, oferecendo um espaço de descoberta, reflexão e encantamento pela ciência e pela tecnologia, por meio de atividades interativas. Seus temas centrais são a vida e sua diversidade, a promoção da saúde e a intervenção do homem sobre a vida e o ambiente.


Também estiveram presentes ao evento Luiz Marcos Scolari (Coordenador Operacional e de Inovação do Museu de Ciências e Tecnologia da PUC-RS), de Mônica Dahmouche (vice-presidente Científica da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro/Cecierj), Diego Bevilaqua (coordenador do projeto Ciência Móvel – Vida e Saúde para Todos/ Museu da Vida) e Ribamar Ferreira (do Museu da Vida e membro da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência/ABCMC)


Publicado em 19/3/2013.

Voltar ao topo Voltar