18/01/2022
Uma nova marca, cores vibrantes, novos campos de busca, editor de verbetes para criação de conteúdo mais completo, enfim, ano novo, novas mudanças na plataforma do Dicionário de Favelas Marielle Franco.
As modificações na plataforma foram implementadas pelas equipes de Tecnologia da Informação (TI) e de Comunicação do Dicionário, e tiveram o apoio do Setor de Multimeios (Icict/Fiocruz). A marca foi pensada para “representar toda a identidade e diversidade de quem compõe a nossa rede de produção de conhecimentos”, como explica Clara Polycarpo, coordenadora de comunicação do Dicionário.
Para além disso, a pipa tem um simbolismo especial, como explica a pesquisadora do projeto Cleonice Dias: "a pipa lembra o tempo em que as crianças podiam correr tranquilas nas ruas, livres e soltas, colorindo o céu com toda liberdade na favela”. O criador da marca, Erick Lotta, também usa o lúdico para falar de sua criação: “a inspiração surgiu da vivência na periferia, na favela, da observação da rotina e de toda beleza que tem na favela."
Expansão
O Dicionário de Favelas Marielle Franco conta com a articulação de uma rede de parceiros no Conselho Ampliado, em projetos e núcleos comunitários, além do “apoio de todos(as) os(as) colaboradores(as) que fazem o projeto acontecer e ganhar vida", diz Clara Polycarpo.
E ganhou mesmo, além do aumento do número de verbetes, que foi de 662 (2020) e pulou para 1.036 em 2021, o Dicionário ampliou o número de favelas, ultrapassando os limites da cidade do Rio de Janeiro; hoje são 79 favelas contempladas em 14 estados, como Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo, dentre outros, a países como Argentina, México, Uruguai, Peru e até mesmo a África do Sul.
O crescimento é celebrado por toda a equipe do Dicionário, como resume Cleonice Dias: “a utopia de estar hoje lutando para afirmar a nossa potência, a nossa resistência, a nossa resiliência, toda a nossa garra de ter propostas para a favela, para a cidade, para o país, para a preservação da vida, do mundo, na Terra".
Para este ano, o objetivo é “estarmos juntos(as) na produção, formação, comunicação, inovação, nacionalização e internacionalização dos conhecimentos e saberes sobre as favelas e periferias”, afirma diz Clara Polycarpo.