De 10 a 14 de outubro, a Editora Fiocruz, juntamente com outros membros da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (Abeu), expõe obras em um estande na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha. Considerada o mais importante evento mundial de livros, a feira, em 2012, abrigará a primeira mostra conjunta da produção acadêmica latino-americana, reunindo editoras universitárias da Argentina, da Colômbia e do México, além do Brasil, que, em 2013, será o país homenageado em Frankfurt.
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A Feira de Frankfurt é considerada o mais importante evento mundial de livros |
O estande que será ocupado pelas associadas da Abeu tem cerca de 40 metros quadrados, onde estarão expostos em torno de 150 livros – trata-se de um evento para venda de direitos autorais (para traduções no mercado internacional, por exemplo), sem comercialização ao público durante a feira. Os livros que a Abeu levará para Frankfurt foram selecionados pela associação durante a 22ª Bienal do Livro de São Paulo, em setembro deste ano.
Da Editora Fiocruz, estarão em Frankfurt os títulos Violência sob o olhar da saúde: a infrapolítica da contemporaneidade brasileira, de Maria Cecília de Souza Minayo e Edinilsa Ramos de Souza (orgs.); Plantas medicinais: memória da ciência no Brasil, de Tania Maria Fernandes; e História da saúde no Rio de Janeiro: instituições e patrimônio arquitetônico (1808-1958), de Ângela Pôrto, Gisele Sanglard, Maria Rachel Fróes da Fonseca e Renato da Gama-Rosa Costa (orgs.).
Saiba mais sobre os livros da Editora Fiocruz que irão a Frankfurt
Violência sob o olhar da saúde: A violência se manifesta e adquire formas concretas na realidade em que as pessoas vivem. Por isso, estudar a violência e seus impactos na saúde pública não pode ser uma tarefa restrita ao universo teórico. Para compreender o problema e preveni-lo, este livro fundamenta-se em pesquisas empíricas, combinadas com análises teórico-conceituais. A primeira parte da coletânea compila e contextualiza dados e reflexões sobre violência e saúde, em abordagens quantitativas e qualitativas. Há, ainda, um esforço para conceituar a violência em termos históricos, filosóficos, sociais e culturais. Já a segunda parte apresenta estudos sobre grupos específicos, como crianças e adolescentes, mulheres e idosos. Somam-se capítulos dedicados a temas transversais, onde os autores analisam as relações da violência com as drogas e a mídia. Organizadoras: Maria Cecília de Souza Minayo é graduada em sociologia, mestre em antropologia e doutora em saúde pública. Edinilsa Ramos de Souza é graduada em psicologia, mestre e doutora em saúde pública. Ambas são professoras e pesquisadoras do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).
Plantas medicinais: O uso de plantas no tratamento de doenças, secular em diversas culturas, sofreu muitas alterações com o aparecimento dos medicamentos sintéticos e industrializados. No Brasil, a maioria das fábricas tradicionais foi desativada ou substituída por multinacionais. As plantas medicinais chegaram a ser negligenciadas, mas, algumas décadas atrás, os produtos naturais foram recuperados e voltaram a ser alvo de pesquisas. O estudo científico da flora brasileira e de seu uso terapêutico é o assunto deste livro, que analisa a história desse campo de pesquisas e suas relações com a indústria farmacêutica nacional. Busca compreender a constituição e o desenvolvimento da comunidade científica, entre os anos 1960 e 2000. Discute, ainda, a propriedade industrial e intelectual e a lei de patentes para produtos farmacêuticos. Autora: Tania Maria Fernandes é farmacêutica, sanitarista e pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), com doutorado pelo Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP).
História da saúde no Rio de Janeiro: Proporciona uma reflexão sobre a memória e a história de instituições públicas e privadas voltadas para a ciência da medicina e para o atendimento médico no Rio de Janeiro. Oferece, ainda, um levantamento do patrimônio arquitetônico que esboça uma cartografia física e simbólica da história da saúde na cidade. O livro traz contribuições que permitem relacionar o processo histórico, as políticas públicas voltadas para a saúde, a dinâmica social e a ciência médica. Constitui, portanto, ferramenta de trabalho para pesquisadores, gestores de bens públicos e todos que se interessam pela arquitetura da cidade. O CD-ROM que acompanha a obra apresenta versões do conteúdo do livro para o inglês e o espanhol, além de verbetes com textos informativos sobre as instituições pesquisadas e seus respectivos edifícios. Organizadores: Ângela Pôrto é mestre em história do Brasil e doutora em saúde coletiva; Gisele Sanglard é mestre em história social da cultura e doutora em história das ciências e da saúde; Maria Rachel Fróes da Fonseca é mestre em história e doutora em história social; Renato da Gama-Rosa Costa é mestre em arquitetura e doutor em urbanismo. Os quatro são pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). Outras informações aqui.
Publicado em 8/10/2012.