Início do conteúdo

08/03/2017

Emergência em saúde é tema da abertura do ano letivo da Fiocruz

André Costa (Agência Fiocruz de Notícias)


Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8/3), a Fiocruz abrirá o seu ano letivo com uma conferência com duas importantes cientistas, que vão discutir um dos temas de maior relevância hoje: A ciência brasileira e o enfrentamento da situação de emergência em saúde. O encontro ocorrerá nesta sexta-feira (10/3), às 9h30, no Museu da Vida, no campus da Fiocruz em Manguinhos.

As palestrantes serão a epidemiologista Celina Turchi, do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco), e a virologista Ana Maria Bispo, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Ambas tiveram crucial participação no enfrentamento à epidemia de zika em 2016, tendo levado a importantes descobertas e sido fundamentais para a comprovação da relação entre o vírus da doença e a microcefalia.

Graduada em Medicina pela Universidade Federal da Goiás (UFG), mestre em Epidemiologia pela London School of Hygiene & Tropical Medicine do Reino Unido e doutora pela Universidade de São Paulo (USP), Celina foi eleita em 2016 uma das dez personalidades do ano na ciência pela revista britânica Nature por seu trabalho para o estabelecimento da relação entre o zika e a microcefalia em bebês. A pesquisadora trabalha na Fiocruz desde 2014 e também é membro do Comitê Assessor do CNPq (2004-2010), além de professora-titular aposentada do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás e pesquisadora do Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde e membro do Comitê Gestor.

Bacharel em Ciências Biológicas, mestre em Ciências pela Fiocruz e doutora na área de Virologia, Ana Bispo liderou em novembro de 2015 a equipe que detectou de forma inédita no mundo a presença do zika em amostras de líquido amniótico de duas gestantes com fetos apresentando microcefalia, sendo a primeira associação entre o vírus e os casos de microcefalia no país. A primeira passagem de Ana na Fiocruz se deu de 1985 a 2005, quando foi contratada como Assessora Regional da Organização Panamericana da Saúde (Opas/OMS) em Washington, para coordenar a rede de laboratórios nacionais e regionais que apoia os programas de imunização nas Américas, específicamente as redes de laboratórios de sarampo, rubéola, pólio, rotavírus e HPV. Em março de 2010, regressou ao Laboratório de Flavivírus do IOC/Fiocruz.

Voltar ao topo Voltar