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02/04/2019

Evento debate pesquisas de sistemas nervoso, imune e endócrino

Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)


O estudo dos diversos mecanismos de interação entre os sistemas nervoso, imune e endócrino pode trazer novas perspectivas para o diagnóstico e tratamento de doenças como Alzheimer, diabetes e malária. Com o objetivo de estimular discussões sobre o tema, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) promoveu (28/3) o 1° Encontro de Jovens Pesquisadores em Interações Neuroimunoendocrinas. Realizado na Fiocruz, no Rio de Janeiro, o evento reuniu cerca de 100 participantes, entre pesquisadores, pós-doutorandos e estudantes. O encontro integra as comemorações pelos 30 anos do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Celular e Molecular do IOC/Fiocruz e a agenda de atividades do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em NeuroImunoModulação (INCT-NIM).

Participaram da cerimônia de abertura a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, o diretor do IOC/Fiocruz, José Paulo Gagliardi Leite, o pesquisador do Laboratório de Inflamação e coordenador da iniciativa, Vinicius Frias, a coordenadora da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, Leila Mendonça, e a pesquisadora do Laboratório de Pesquisa sobre o Timo, Daniella Arêas Mendes da Cruz, que também atua como secretária geral do INCT-NIM. “O estudo das interações entre os sistemas nervoso, imune e endócrino permite entender melhor os mecanismos fisiopatológicos relacionados a diversas doenças. Ampliar esse conhecimento pode levar ao desenvolvimento de novos fármacos e métodos de diagnóstico, por exemplo”, destacou Vinicius.

Na palestra de abertura, o pesquisador Hugo Caire, do Laboratório de Imunofarmacologia do IO/Fiocruz, abordou mecanismos moleculares envolvidos no declínio cognitivo em decorrência da malária cerebral, uma das formas mais graves da doença causada pelo Plasmodium falciparum. Os pacientes podem apresentar febre, dor de cabeça, ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos, podendo chegar ao coma.

Recém-doutores, com até sete anos de formação, apresentaram pesquisas desenvolvidas no contexto das doenças metabólicas, infecciosas e do sistema nervoso central. Foram abordados resultados de estudos sobre diabetes, sepse, zika, HIV, tumor cerebral e doenças neuroendócrinas. “Promover espaços para que jovens doutores apresentem seus trabalhos é um passo importante para estimular o desenvolvimento de cooperações científicas, que vão enriquecer os estudos. Além disso, buscamos aproximar estudantes e inspirar novas gerações de cientistas, em especial, neste momento de limitação de recursos para pesquisa”, concluiu Vinicius.
 

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