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20/07/2016

Fiocruz apresenta ações contra o zika em reunião em Brasília

Mariella Oliveira-Costa (Fiocruz Brasília)


Durante a Sala de Situação – Direito à saúde sexual e reprodutiva das mulheres em tempo de epidemia da SCZv (Síndrome Congênita do Zika vírus), realizada no último dia 13/7, na Casa da ONU, em Brasília, o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz (VPAAPS), Valcler Rangel, apresentou o conjunto de ações que a instituição desenvolve para o enfrentamento da epidemia. O evento reuniu organizações de mulheres e representantes da Fiocruz, do Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA), da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e ONU Mulheres.

Atualmente, a Fiocruz desenvolve uma série de investigações epidemiológicas sobre o tema, apresentadas por Valcler, e pela pesquisadora da Fiocruz Brasília, Maria do Socorro de Souza. A agenda de pesquisa engloba desde análises sobre a apropriação das informações disponibilizadas nos espaços oficiais do governo, avaliação da política de saúde para enfrentar a epidemia e seus efeitos no SUS, o impacto econômico do zika vírus na perspectiva do usuário, e os discursos produzidos pela mídia e por fontes científicas e governamentais, entre outras pesquisas. Estão previstas também maior inserção do tema na programação do Canal Saúde e produção de mostra itinerante sobre zika vírus e dengue.

Valcler destacou que a maior parte dos estudos traz o componente biomédico e clínico, mas a Fiocruz investe também nas ciências sociais e comportamentais, considerando aspectos de gênero, raça e a dimensão subjetiva da epidemia, como o projeto aprovado no edital Zika Alliance, da Comunidade Europeia, e apresentado pela pesquisadora Marta Moreira, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF).

"É essencial incluir variáveis sociais nas pesquisas para entender a dinâmica da epidemia para além da história epidemiológica da doença. Participar deste espaço organizado pelo UNFPA nos aproxima da sociedade civil, possibilita tirar dúvidas das pessoas e ao mesmo tempo ajustar nosso olhar de pesquisa", afirmou o vice-presidente da Fiocruz. Segundo ele, é importante que a voz das mulheres seja ouvida nestes espaços e oriente a formulação de políticas públicas.

UNFPA

A Fiocruz e a UNFPA têm um acordo internacional firmado para o período de 2016 a 2021 e que prevê atividades nas áreas de áreas de Pesquisa, Comunicação em saúde, Educação em saúde, Mobilização comunitária, Gestão participativa, Educação para o trabalho em saúde, Saúde sexual e saúde reprodutiva de mulheres, adolescentes e jovens.

Assista a um trecho da entrevista com o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz (VPAAPS), Valcler Rangel.

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