10/01/2018
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu, na última sexta-feira (5/1), a visita de Fernanda Menezes, representante da Gerência de Estudos Setoriais do Departamento de Economia da Cultura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo foi conferir o andamento do projeto Preservo: Complexo de Acervos da Fiocruz, destinado à preservação, organização e modernização de parte do extenso patrimônio científico e cultural da Fundação, com financiamento do banco de fomento. Coordenado pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), o Preservo conta com a parceria do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e o Instituto de Comunicação e Informação Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Os recursos são geridos pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec).
O Castelo da Fiocruz é parte do conjunto beneficiado. O prédio em estilo neomourisco, projetado pelo português Luiz de Moraes Júnior, foi construído entre 1905 e 1918 em Manguinhos (foto: Bruno Veiga)
Durante o encontro, Marcos José de Araújo Pinheiro, coordenador geral do projeto e o vice-diretor de Patrimônio Cultural e Divulgação Científica da COC, explicou que os acervos arquivístico, arquitetônico e urbanístico, bibliográfico, biológico e museológico da Fiocruz foram contemplados no Preservo. “A Fiocruz é notória em diversas áreas em que atua. Entre elas, está a diversidade de acervos que constituiu ao longo do tempo. A gestão e a preservação destes acervos– considerados um patrimônio da Instituição – por uma equipe especializada de profissionais é um diferencial”, explicou. Representantes das Unidades envolvidas no projeto, como Juliana Albuquerque e Claudia Souza, da COC; Elisabeth Rangel e Marcelo Pelajo, do IOC; e Jorge Luis Nundes, Rodrigo Mexas, Mauro Campello, Mônica Garcia e Jacques Sochaczewski, do Icict; também acompanharam a visita.
Na ocasião, Marcos destacou ainda que o Preservo contribui para estabelecer um novo nível de organização e integração das ações desenvolvidas pela instituição: “O aporte financeiro oferecido pelo BNDES, por meio do Preservo, é fundamental para uma série de benefícios institucionais, uma vez que possibilita estabelecer a infraestrutura necessária para a preservação do nosso patrimônio científico e cultural; desenvolver metodologias, tecnologias e políticas para a preservação dos acervos; além da ampliar o acesso ao conhecimento produzido pela Fiocruz”, destacou. Os sistemas de dados de histopatologia e obras raras, além da abordagem de pesquisa integrada para a Biblioteca Virtual Oswaldo Cruz foram apresentados.
Fernanda Menezes teve a oportunidade de conhecer algumas instalações da Fiocruz já beneficiadas pelo Preservo, como a Reserva Técnica Museológica, na COC, o Laboratório de Digitalização, no Icict; e o scanner de lâminas, no IOC, por exemplo. Além de contribuições e sugestões pertinentes aos projetos desenvolvidos, Fernanda avaliou o trabalho realizado pela Fiocruz de forma positiva. “Os desafios iniciais já foram vencidos, pois a Fiocruz é uma instituição muito comprometida, que conta com uma equipe altamente qualificada”, afirmou. No entanto, de acordo com Fernanda, é necessário inserir a sociedade na manutenção e preservação das informações. “Partimos do princípio de que a sociedade protege o que ela conhece. Desta forma, se vocês disponibilizarem esses acervos não somente para pesquisadores, mas também para curiosos e pessoas interessadas nas temáticas, de maneira planejada, utilizando plataformas colaborativas e em rede, será possível inserir a sociedade na manutenção e preservação das informações, desenvolvendo, inclusive, novos modelos de negócios”, concluiu.