24/03/2022
Cristiane Boar (VPPCB/Fiocruz)
Em reunião promovida, na última sexta-feira (18/3), pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) e pelas vice-presidências de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB) e de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), integrantes do Consulado Geral dos Estados Unidos, no Rio de Janeiro, deram continuidade ao processo de parceria iniciado em 2021. O intuito é ampliar a cooperação científica entre a Fiocruz e instituições americanas.
Intuito do encontro foi ampliar a cooperação científica entre a Fiocruz e instituições americanas (foto: Pedro Paulo Gonçalves)O início da colaboração foi anunciado pela Cônsul para Assuntos Econômicos, Meio Ambiente, Saúde e Tecnologia, Gabrielle Moseley, que ressaltou a relevância do intercâmbio na área da saúde. “Esse momento de colaboração científica e a importância da proximidade com instituições do Brasil, fez surgir a proposta para um Programa de Intercâmbio sob demanda, para que dois profissionais da Fiocruz possam passar 10 dias nos Estados Unidos da América (EUA), no segundo semestre de 2022 e que esse processo possa torná-los multiplicadores da ciência tanto para o Brasil, quanto para os americanos”.
O intercâmbio tem como objetivo reunir brasileiros de várias instituições da área de saúde e levaria os participantes para visitas a centros de pesquisa, em três cidades dos Estados Unidos, além de reuniões e visitas técnicas com presença de tradutor. O coordenador adjunto do Cris/Fiocruz, Pedro Burger, que abriu a mesa de discussão do encontro, explica a importância da participação de servidores da Fiocruz nesse intercâmbio. “de acordo com a proposta do consulado, será uma oportunidade para alguns servidores que ainda não tiveram exposição a intercâmbios com os EUA, para conhecerem in loco as instituições mais relevantes dos EUA para a área da saúde pública”.
O vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas, Rodrigo Correa, destacou que a “Fiocruz já tem tradicionalmente muitos trabalhos em parceria com National Institute of Health (NIH) e que esse programa com servidores da Fiocruz aumentará as oportunidades, reforçando inclusive os trabalhos de inovação da Fundação”.
A integração das publicações brasileiras e americanas também foi destaque com a presença do diretor da Library of Congress (Biblioteca Nacional do Congresso), Paul Losch, que elogiou a política de acesso aberto da Fiocruz e “a importância de valorizar a digitalização de todo material para chegar a mais usuários. Temos nos EUA a National Library of Medicine (Biblioteca Nacional de Medicina) que é especializada em saúde e áreas biológicas e é fundamental ter os livros e periódicos da Fiocruz nessa sessão, para que pesquisadores e toda a sociedade americana conheçam essas publicações.”
Para a vice-presidente Cristiani Machado (Vpeic/Fiocruz), “além de pesquisadores, muitos estudantes da Fiocruz têm interesse em instituições americanas, é longa a tradição de intercâmbio e aumentar esse processo pode abrir muitas portas e gerar cada vez mais oportunidades”. Coordenadora geral da Vpeic/Fiocruz, Cristina Guilam complementou que “o trabalho para a internacionalização da Fiocruz deve buscar também facilidades para estudantes aumentarem a participação em intercâmbios”. Nesse ponto, o consulado irá articular com o Education in USA, para promover um evento de apresentação de oportunidades e esclarecimento de dúvidas para os estudantes da Fiocruz.
A reunião foi encerrada lembrando a homenagem da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil à presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, que foi reconhecida uma das sete mulheres brasileiras pelo prêmio Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença de 2022. A data da entrega do certificado ainda será definida.