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05/01/2016

Fiocruz e Getty elaboram plano de conservação de pavilhão

Portal COC


A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) deu início, em dezembro, aos trabalhos para a elaboração do plano de conservação preventiva do Pavilhão Arthur Neiva - exemplar da arquitetura moderna no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro - e de seus jardins. O projeto foi contemplado em junho pelo programaC onserving Modern Architecture Initiative: Keeping it Modern, da Fundação Getty, instituição norte-americana que apoia iniciativas de preservação e conservação das artes e do patrimônio. A ação é realizada em parceria com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) que, desde a criação do prédio, desenvolve atividades de Pesquisa e de Ensino na edificação.

Fachada do Pavilhão Arthur Neiva, que fica no 'campus' de Manguinhos da Fiocruz, Rio de Janeiro (foto: Felipe Gomes)

 

Projetado por Jorge Alfredo Guimarães Ferreira nos anos 1940, o prédio de traços sóbrios e fachada revestida por um mural de azulejos de Roberto Burle Marx, terá sua estrutura avaliada por profissionais da área de patrimônio histórico para a elaboração do plano. Serão feitas prospecções pictóricas, isto é, a investigação das cores aplicadas a paredes, teto e esquadrias ao longo dos anos. A proposta prevê a realização de estudos no painel de azulejos e o mapeamento de danos e patologias da edificação.

A partir desse trabalho, a equipe determinará as ações necessárias para a conservação do Pavilhão Arthur Neiva, que constarão no plano a ser concluído em abril de 2016. Construído para abrigar o Curso de Aplicação oferecido pelo Instituto Oswaldo Cruz desde 1908, o edifício é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). Junto com a portaria da Av. Brasil, de autoria de Nabor Foster, e o Pavilhão da Febre Amarela, de Roberto Nadalutti, o prédio integra o núcleo modernista da Fiocruz.

“O financiamento da Fundação Getty possibilitará o adiantamento de estudos e reflexões sobre a preservação do conjunto modernista da Fiocruz”, afirma a arquiteta Barbara Cortizo de Aguiar, da Casa de Oswaldo Cruz. “Com o projeto, pretende-se discutir características e valores desse tipo de arquitetura, pontos fundamentais para a aproximação da comunidade com a produção do período e o consequente reconhecimento dela como patrimônio cultural.”

O plano de conservação inclui ações de educação patrimonial, como a realização de um seminário e o lançamento de uma publicação sobre o edifício e o trabalho realizado. A iniciativa da Fundação Getty tem o objetivo de conservar o patrimônio arquitetônico edificado no século 20, com foco no movimento modernista, por meio de pesquisas, desenvolvimento de soluções de restauro e divulgação de informações sobre o tema em programas de capacitação profissional e publicações.

Em 2015, o programa Conserving Modern Architecture Initiative: Keeping it Modern selecionou 14 projetos de conservação de edifícios modernos em todo o mundo por meio de um edital público internacional. No Brasil, além do Pavilhão Arthur Neiva, que receberá 60 mil dólares da Fundação Getty, também foi contemplada a proposta apresentada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP).

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