27/08/2014
A Fiocruz e a Harvard School of Public Health estão organizando o workshop Multidisciplinary Malaria Research in the Era of Eradication, que será realizado em Porto Velho, Rondônia, entre os dias 16 e 18 de novembro. Durante o evento será oferecido o curso Malaria Control; From the Bench to the Field para um número limitado de alunos de pós-graduação e pós-doutores. Além de pesquisadores destas duas instituições, o curso contará com a participação de várias autoridades nacionais e internacionais que trabalham em diferentes áreas do conhecimento relacionadas a malária. As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de agosto (clique aqui).
Em entrevista, o pesquisador da Fiocruz Minas, Ricardo Gazzinelli, um dos organizadores do evento, falou sobre o evento. Confira:
O trabalho em colaboração é muito importante na ciência. Como você avalia a integração da Fiocruz com a Harvard nestes últimos anos e como você vê o futuro desta cooperação?
Ricardo Gazzinelli: Considero muito importante que sejam estabelecidos laços mais estreitos com a Escola de Saúde Publica da Universidade de Harvard. As atividades das duas instituições, que vão da pesquisa básica nas áreas de imunologia e biologia celular à epidemiologia, são muito próximas. Considero que as duas instituições tem muito a ganhar com o intercâmbio de estudantes e pesquisadores. Neste ano, enviamos dois estudantes de doutorado e um de graduação, e recebemos dois alunos de graduação em nosso laboratório. Além disto, estamos organizando um curso e workshop com uma participação integrada de professores e pesquisadores das duas instituições. Este é um passo inicial que, com o apoio continuado da Fiocruz Minas e da Fundação de maneira geral, poderá ser expandido nos próximos anos.
Você é um dos organizadores do curso Malaria control: from the bench to the field e do workshop Multidisciplinary malaria research in the era of elimination que acontecerá em Porto Velho em novembro deste ano. Estes eventos são fundamentais na formação de jovens pesquisadores e sobretudo de estudantes. Você avalia como viável a manutenção periódica destes eventos e uma participação maior dos alunos da pós-graduação da Fiocruz?
Ricardo Gazzinelli: A nossa expectativa é que o evento realizado em Porto Velho tenha grande participação de estudantes e pesquisadores da Fiocruz. A razão de escolher Porto Velho como local do evento se deve ao fato de estar na área endêmica. O curso envolve visitas a áreas de transmissão de malária. Acho que é de grande interesse por parte dos professores da Harvard e com o apoio institucional poderíamos realizar o curso anualmente. Talvez o curso possa ser intinerante e tratar de diferentes temas ou doenças a cada ano. O evento em Porto Velho será uma ótima oportunidade para que nossos gestores e pesquisadores explorem esta oportunidade de termos um curso periódico.
Em sua opinião quais os principais avanços do conhecimento sobre a malaria serão apresentados no workshop e no curso?
Ricardo Gazzinelli: Pretendemos fazer uma amostragem multidisciplinar da pesquisa na área da malária. Teremos palestrantes nas áreas de entomologia, biologia celular, imunologia, parasitologia e epidemiologia. Os palestrantes convidados falarão de questões fundamentais para o entendimento destes processos, e questões mais aplicadas como o controle de vetores e transmissão do parasita, aspectos clínicos e tratamento de pacientes com malária.
