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30/04/2014

Fiocruz e Instituto Pasteur vão desenvolver novas ações de colaboração

Danielle Monteiro


A Fiocruz e o Instituto Pasteur, da França, vão selar acordo para a realização de colaborações conjuntas nos campos de vigilância epidemiológica, genômica e proteômica, neurociências e biotecnologia. O anúncio foi feito, nesta sexta-feira (25/4), durante encontro entre o diretor do instituto francês, Christian Bréchot, e representantes da Fundação.

“Temos expertises semelhantes e complementares e, se pudermos unir nossos diferentes cientistas, assim como as unidades do Instituto Pasteur sediadas em diversos países, poderemos obter resultados únicos”, destacou Brechót (foto: Peter Ilicciev)

 

Durante a reunião, Brechót reforçou que as colaborações entre a Fiocruz e o Instituo Pasteur são parte de um legado da história de ambas as instituições, que compartilham dos mesmos valores e modelos de fazer ciência. “Temos expertises semelhantes e complementares e, se pudermos unir nossos diferentes cientistas, assim como as unidades do Instituto Pasteur sediadas em diversos países, poderemos obter resultados únicos”, destacou.

O acordo vai incluir ações de investigação e vigilância epidemiológica na Amazônia e em sua fronteira, com ênfase em vírus emergentes e reemergentes, assim como o desenvolvimento da região por meio da biotecnologia. “Uma sugestão seria trabalharmos conjuntamente em estudos de medicamentos antiparasitas na área. As duas instituições já desenvolvem atividades no campo, mas ainda falta a coordenação de um trabalho conjunto”, propôs o pesquisador da Fiocruz e ex-diretor do Instituto Pasteur, Luiz Hildebrando. A parceria também prevê a estruturação de uma rede internacional de biologia computacional, genômica e proteômica, utilizando-se como matriz as redes ROCC e RIP, além da criação de uma rede internacional em neurociências, por meio da RIP e da rede Fioneuro, que será implantada para a integração das diversas ações em neurociências desenvolvidas pela Fiocruz.

Ainda entre as iniciativas está a criação de uma rede de pesquisas clínicas para a validação da RIP além de ações para o aprimoramento do intercâmbio de pesquisadores e alunos das duas instituições, visando sua permanência por períodos mais longos nos dois países e a criação de diplomas e certificados binacionais. “A ideia é estabelecermos plataformas sinérgicas que incentivem a multidisciplinaridade e a troca de experiência entre cientistas e trabalharmos na formação conjunta de pesquisadores, inclusive na montagem de cursos de pós-graduação e online”, sugeriu o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli. Ainda entre as ações está a criação de plataformas de investigação que fortaleçam pesquisas em saúde global, por meio das redes de cooperação Sul-Sul e Norte-Sul-Sul.

Segundo Stabeli, a parceria vai possibilitar o desenvolvimento de ações colaborativas que vão além das cooperações pontuais e bilaterais que já vinham sendo desenvolvidas entre as duas instituições. “Esse acordo vai trazer a possibilidade do estabelecimento de redes internacionais concretas e até mesmo da construção de uma unidade mista entre o Pasteur e a Fiocruz no Brasil”, afirmou. A previsão é de que a parceria entre a Fiocruz e o Instituto Pasteur seja firmada no início de junho.

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