Há 22 anos trabalhando com a missão de evitar a reinternação e o agravamento da saúde de crianças e adolescentes atendidos no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), o Instituto Refazer disponibiliza meios para promover a melhoria da qualidade de vida de seus assistidos. Com um projeto integrado de ações que começa pelo acolhimento, a iniciativa já mudou a realidade de mais de mil famílias.
Com o objetivo de intensificar as ações de desospitalização e a reincidência de internações, o Refazer fortaleceu a sua parceria com o IFF/Fiocruz. Para isso, foi firmado, no mês de setembro, através de uma publicação no Diário Oficial, um termo de Cooperação Técnica com o Instituto, com a finalidade de reconhecer o importante papel que o Projeto desenvolve junto às famílias assistidas. A cerimônia para celebrar essa importante e significativa iniciativa aconteceu no dia 30/10.
Segundo a assistente social e membro da Coordenação de Atenção à Saúde do IFF/Fiocruz, Dolores Vidal, a cooperação contribui para o fortalecimento e maior integração entre as duas instituições. “O Refazer é de extrema importância para o atendimento das crianças e adolescentes, principalmente, em virtude das grandes demandas por insumos, medicamentos e leites especiais. Muitos são judicializados, portanto, o Refazer atua nas demandas imediatas até o atendimento, via judicial. Nesse período, a Organização Não Governamental (ONG) contribui para que crianças e adolescentes tenham suas demandas atendidas, até o acesso na perspectiva dos direitos sociais”, enfatizou Dolores.
Conhecer as expetativas e necessidades específicas de cada família é o primeiro passo para poder integrá-las às diversas atividades socioeducativas propostas. Todos os assistidos recebem cestas básicas e auxílio transporte para o comparecimento aos atendimentos, que acontecem mensalmente na sede do Instituto Refazer, localizada em Botafogo. Nesses encontros, também são repassados os benefícios solicitados pelos profissionais de saúde do IFF/Fiocruz, tais como: medicamentos, leites especiais, aparelhos respiratórios e cadeiras de rodas. Além disso, de forma dinâmica e objetiva, um grupo de voluntários aproveita a oportunidade para passar noções de cidadania e para conscientizar os responsáveis a respeito da prevenção de doenças.
Após identificar que a falta de saneamento e a existência de mofo nas moradias eram um fator determinante no prognóstico da saúde dos jovens, o Instituto Refazer criou, em 2003, mais uma linha de trabalho, o Projeto Tijolo. Através dele, são realizadas pequenas reformas nas residências com o objetivo de melhorar as condições de higiene e salubridade.
A capacitação e a geração de renda são pontos evidenciados pela Instituição. As atividades, que deram origem à Grife Refazer, qualificam as mães das crianças na produção e confecção de bordados, costuras e confecção de bijuterias que se transformam em lindas peças, vendidas no quiosque do Shopping da Gávea e sob encomenda.
Segundo a coordenadora do Projeto Refazer, Vânia Benvolf, o acolhimento à família é o primeiro passo para uma assistência diferenciada. “Muitas vezes, as mães têm outros filhos e não contam com o auxílio dos seus parceiros. Nesse sentido, abraçamos essa mulher dando apoio e atendimento multidisciplinar a ela e aos outros filhos, além da realização de um trabalho de autoestima, para que ela se sinta empoderada e consiga tocar sua vida”, explica a coordenadora.
Com uma atenção prestada a 30 crianças, a ONG é mantida por contribuintes, em sua maioria, pessoas físicas, que colaboram de diferentes formas. O Instituto Refazer também está aberto para receber novos voluntários. Qualquer pessoa pode participar, seja para as atividades de cunho educacional, seja para os momentos de recreação com as crianças. Ajude a expandir essa rede de solidariedade. Para mais informações, entre em contato através do telefone 2527-3434.
O Instituto Refazer realiza três bazares por ano para arrecadar dinheiro. O próximo será dia 27 de novembro, no Iate Clube (Avenida Pasteur 333, Urca), do meio-dia às 20h. A entrada é gratuita, mas os visitantes podem levar uma lata de leite em pó para contribuir.