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12/12/2023

Fiocruz e Movimento Negro Unificado lançam cartilha sobre saúde nas favelas

Cooperação Social da Presidência da Fiocruz


Nesta quarta-feira (13/12) ocorre o seminário Saúde na favela pela perspectiva antirracista, às 9h, no auditório do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), no campus Manguinhos da Fiocruz. O evento é aberto ao público e é realizado pela Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz (CCSP) em parceria com o Movimento Negro Unificado (MNU).

A abertura da programação será com a exibição do teaser do documentário Saúde antirracista na favela, é possível?, produzido pela Fiocruz em parceria com nove organizações da sociedade civil.  A produção traz o debate sobre os processos de formação e construção de redes nos territórios de favelas da Vila Cruzeiro, Jacarezinho, Vila Kennedy e Mangueirinha, localizadas no Rio de Janeiro. O filme também apresenta narrativas construídas a partir da perspectiva de diferentes categorias profissionais acerca do tema. 

No mesmo dia, será realizado o lançamento da cartilha Saúde na favela numa Perspectiva antirracista, um material para uso de moradoras, moradores e profissionais dos territórios. Disponível on-line e fisicamente, o livreto aborda as seguintes temáticas: garantia de direitos e participação social através de propostas construídas pela periferia; diferenças, favelas, conjuntos habitacionais e loteamentos clandestinos: diferenças, semelhanças e contribuições a cidade; a atuação dos promotores e da população em busca de direitos da saúde; racismo e violência armada; crimes raciais; história, racismo e intolerância e saúde e violência obstétrica. 

O seminário também marca o lançamento e início da campanha Promoção de Saúde nas Favelas e periferias do Rio de Janeiro pela Perspectiva Antirracista, organizada pela Fiocruz em conjunto com o Movimento Negro Unificado do Estado do Rio de Janeiro. Após o lançamento, cartilhas serão distribuídas nos espaços das nove organizações dos quatro territórios de favelas abrangidos no projeto. A partir do dia 13 de dezembro, também são previstas visitas a outros espaços em articulação com organizações de base comunitária.

A programação do dia será composta por duas mesas, sendo a primeira A saúde nas práticas antirracistas em favelas, mediada pela integrante do MNU/RJ, Fátima Monteiro, com participação de Hilda Gomes, coordenadora de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas da Fiocruz (Cedipa/Fiocruz); João Batista, coordenador do MNU/RJ) e Djeff Amadeus, advogado e membro do Instituto de Defesa da Pessoa Negra (IDPN). A segunda mesa Promoção da saúde integral da população negra contará com Daniel Soranz (Secretário de Saúde-SMS/RJ), Cristiane Vicente, assessora técnica da superintendência de Promoção de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS/RJ), e Joyce Trindade, da Secretaria Municipal de Políticas de Promoção das Mulheres. A mediação será feita por Clarice Avila, integrante do MNU. 

Durante o ano de 2023, o projeto promoveu dez ciclos formativos realizados com as contribuições de uma equipe multidisciplinar, que trabalhou o tema do antirracismo a partir da base conceitual da promoção da saúde e da participação nas diversas instâncias do Sistema único de Saúde (SUS). As oficinas foram realizadas nos territórios de Vila Cruzeiro, localizada na Penha, zona da Leopoldina, na cidade do Rio de Janeiro; Jacarezinho, zona Norte do Rio de Janeiro; Vila Kennedy, zona Oeste do Rio de Janeiro e Mangueirinha, município de Duque de Caxias, região da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.

Saúde na favela pela perspectiva antirracista

O projeto Saúde na favela pela perspectiva antirracista objetiva a formação em Promoção da Saúde com acolhimento, escuta ativa, e enfoque antirracista voltada para moradores de quatro favelas do Rio de Janeiro que tenham passado por violações de direitos humanos. Também visa analisar as demandas locais frente a disponibilidade de serviços psicossociais para moradores dessas favelas na perspectiva antirracista do compartilhamento de Saberes Ancestrais, sobretudo reconhecendo e valorizando tais saberes que estão presentes nos quatro lugares de atuação do projeto. O projeto é realizado pela Coordenação de Cooperação Social da Fiocruz, em parceria com o Movimento Negro Unificado (MNU) e conta com o apoio da Biblioteca Parque de Manguinhos, do Centro de Referência Para a Saúde da Mulher (Cresam), da Associação Brasileira Terra dos Homens, do Projeto Cultural Arte Transformadora, da Igreja Batista Central do Centenário e do Centro Comunitário Irmãos Kennedy.

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