Fiocruz participa de estudo de vigilância de malária no Amazonas

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Gabriella Ponte (Bio-Manguinhos/Fiocruz)
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O Ministério da Saúde está conduzindo o Plano Nacional de Eliminação da Malária e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), através da equipe da Vice-Diretoria de Reativos para Diagnóstico (VDIAG), tem alinhado com a pasta a participação em algumas tratativas quanto ao tema. O Instituto está debatendo, nos últimos meses, demandas em diagnóstico e vigilância epidemiológica da doença, com base em testes rápidos e moleculares, a exemplo do Kit NAT Plus, que detecta HIV, HBV, HCV e malária e vem sendo implementado em todos os hemocentros do país até o final deste ano.

Em fevereiro de 2023, por meio de uma parceria com a Marinha do Brasil, Secretaria Municipal de Saúde de Guajará, no Amazonas, e a Universidade Federal do Acre (UFAC), foi realizada a Expedição Gama, com participação da equipe de Bio-Manguinhos/Fiocruz. O estudo tem objetivo de realizar a captação de cerca de 450 amostras nas comunidades Gama, Igarapé Grande e Floresta, comunidades ribeirinhas localizadas no estado do Amazonas.

Estas amostras foram objeto de protocolos de diagnóstico e caracterização para a infecção, ampliando a capacidade de identificação de casos da doença na localidade. “O estudo ainda está em andamento. Iremos, inicialmente, realizar o teste molecular para identificação da malária e, em seguida, fazer a tipagem para a espécie da malária. Posso adiantar que já identificamos algumas amostras positivas para malária provenientes da comunidade Gama. O resultado completo do estudo está previsto para o início do segundo semestre deste ano”, explicou Patrícia Alvarez, gerente dos projetos de diagnóstico molecular de Bio-Manguinhos/Fiocruz.

Em 2021, foram registrados no Brasil 139.112 casos autóctones de malária. Desse total, 17% foram de malária por P. falciparum e malária mista, sendo os outros 83% de malária por P. vivax e outras espécies. O Plano Nacional de Eliminação da Malária tem por objetivo preparar o país para a eliminação da doença, passando para menos de 68 mil casos até 2025 em sua primeira fase. Na segunda fase, que é a consolidação da redução, a meta é diminuir o número de óbitos para zero até 2030.