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11/02/2020

Fiocruz participa de evento na OMS sobre novo coronavírus

Julia Dias (Agência Fiocruz de Notícias)


A Fiocruz participa, nesta terça e quarta-feira (11 e 12/2), de uma reunião de centenas de cientistas de todo mundo na sede da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, para discutir como a pesquisa pode ser utilizada para intensificar os esforços de combate ao novo coronavírus. A presidente de Fiocruz, Nísia Trindade Lima, está entre os debatedores do evento e coordenará as sessões de amanhã, que definirão as prioridades de uma agenda de pesquisa global.

Presidente de Fiocruz, Nísia Trindade Lima está entre os debatedores do evento e coordenará as sessões que definirão as prioridades de uma agenda de pesquisa global (foto: Divulgação)

 

"Com 99% dos casos na China, essa continua sendo uma grande emergência para este país, mas também representa uma ameaça muito séria para o resto do mundo", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na abertura do Fórum global de pesquisa e inovação: em direção a um roteiro de pesquisa.

O projeto R&D Blueprint é uma estratégia global e um plano de preparação da OMS que permite a rápida ativação de atividade de pesquisa e desenvolvimento durante epidemias. Durante os dois dias do evento, cerca de 400 cientistas devem analisar maneiras de combater a epidemia, observando sua transmissão e possíveis tratamentos, vacinas e testes rápidos. 

Também compartilharão seu conhecimento sobre as potenciais fontes da doença, que pode ter-se originado em morcegos e depois migrado para outros animais antes de atingir os seres humanos.

"O mais importante é parar a epidemia e salvar vidas. Com o apoio de vocês, é isso que podemos fazer juntos", disse o diretor-geral da OMS aos participantes.

Em particular, Tedros convocou todos os países a mostrarem "solidariedade", compartilhando os dados à sua disposição. "Para vencer essa epidemia, precisamos de um compartilhamento equitativo", insistiu.

A ideia é que a reunião resulte em um "roteiro" em termos de pesquisa, no qual pesquisadores e doadores possam se alinhar, identificando lacunas, traçando direções estratégicas, estimulando as colaborações científicas e evitando a duplicação de esforços.

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