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22/05/2007

Fundação promove segunda edição da Semana do Patrimônio

Edna Padrão


A Casa de Oswaldo Cruz (COC), uma unidade da Fiocruz, promoverá a segunda edição da Semana do Patrimônio da Fundação Oswaldo Cruz de 21 a 25 de maio, no auditório do Museu da Vida. O evento é pautado pela questão do aquecimento global como ameaça ao patrimônio ambiental e foi aberto com a exibição do documentário Uma verdade incoveniente, dirigido por Davis Guggenheim, seguido da palestra Mudanças ambientais globais e saúde, proferida por Ulisses Confalonieri. A Semana do Patrimônio terá discussões sobre memória, identidade e música brasileira, inspiradas no legado do poeta, romancista, crítico de arte, folclorista, musicólogo e ensaísta brasileiro Mário de Andrade, para uma reflexão sobre a cultura brasileira e a valorização do patrimônio do país. O evento abriu as comemorações dos 107 anos da Fiocruz, em 25 de maio.


 Construção da fachada posterior do complexo hospitalar Gafrée Guinle, no Rio de Janeiro. A COC participa do Inventário Nacional do Patrimônio Cultural da Saúde (Acervo COC)

Construção da fachada posterior do complexo hospitalar Gafrée Guinle, no Rio de Janeiro. A COC participa do Inventário Nacional do Patrimônio Cultural da Saúde (Acervo COC)



 

Este ano, além de oficinas de preservação e conservação de documentos, haverá também oficinas de restauro, com a participação dos alunos e orientadores da Oficina Escola de Manguinhos, e de tratamento e conservação de fotografias, na Praça Pasteur. “Vamos apresentar também algumas atividades culturais, como trilhas ecológicas com a Dirad, visitas guiadas ao Castelo, palestras sobre patrimônio e memória, exibição de documentários, além de duas mesas-redondas que analisam a questão do patrimônio no Brasil”, enumera o vice-diretor de Informação e Patrimônio Cultural da COC, Paulo Elian.


 Aspectos da construção do Hospital de Curicica, no Rio (Foto: Acervo COC)

Aspectos da construção do Hospital de Curicica, no Rio (Foto: Acervo COC)



 

Desde a sua origem, a Casa de Oswaldo Cruz tem como missão central a preservação e valorização do patrimônio da Fiocruz, assim como aquele constituído pelas ciências biomédicas e de saúde no Brasil, distribuído em seu acervo documental, nos arquivos da biblioteca, em seu acervo museológico e, segundo Elian, mais visivelmente no conjunto arquitetônico do campus da instituição. “Fizemos a Semana do Patrimônio pela primeira vez no ano passado. O presidente Paulo Buss sugeriu, na ocasião, que fizéssemos o evento anualmente e que este incorporasse as unidades da Fiocruz”, lembra Elian.

 

Mas, para a COC, o tema patrimônio não se esgota na semana. A unidade vem atuando no projeto Inventário Nacional do Patrimônio Cultural da Saúde no Brasil, inserido em um conjunto de ações prioritárias definidas no âmbito da Rede Latino-Americana de História e Patrimônio Cultural da Saúde, criada em 2005, durante a 4ª Reunião de Coordenação Regional da Biblioteca Virtual de Saúde e o 7º Congresso Regional de Informação em Ciências da Saúde.

 

A Rede Latino-Americana de História e Patrimônio Cultural da Saúde é coordenada pelo Ministério da Saúde do Chile, pela COC e Bireme/Opas. O Inventário consiste no levantamento do patrimônio arquitetônico-histórico de hospitais e outras instituições de assistência médica, assim como os institutos de pesquisa científica, criados no início do século 20. Associada a esse levantamento, será feita também a identificação de acervos documentais arquivísticos, bibliográficos e museológicos que pertençam a estas instituições ou estejam sob a sua guarda. As informações coletadas e sistematizadas durante a execução do projeto serão reunidas em uma base de dados e disponibilizadas na web, integrando a Rede História e Patrimônio Cultural da Saúde e a BVS História da Saúde e da Medicina (BVS/Bireme).

 

Como parte de uma primeira etapa do inventário nacional, será publicado o livro 150 anos de história da saúde no Rio de Janeiro: seu patrimônio arquitetônico, constituído em duas partes. A primeira compreende textos analíticos sobre a história da saúde na cidade. A segunda apresenta os edifícios remanescentes e se subdivide em três capítulos: um dedicado aos edifícios do século 19; outro, àqueles fundados na República Velha; e o último, às construções posteriores a 1930.


O projeto Inventário Nacional do Patrimônio Cultural da Saúde no Brasil será viabilizado por meio de uma cooperação técnica com o Iphan e com grupos de pesquisas de universidades federais e outras instituições nas áreas de história e arquitetura.


Veja aqui a programação completa da Semana do Patrimônio.

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