'Memórias do IOC' publica trabalhos do 10º Simpósio de Esquistossomose

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Isabel Levy
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A esquistossomose, doença endêmica no Brasil que constitui um importante problema de saúde pública em países em desenvolvimento, é tema de suplemento especial das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, publicado em outubro. Produzido a partir dos trabalhos apresentados no 10º Simpósio Internacional sobre Esquistossomose, que em setembro de 2005 reuniu em Minas Gerais 54 especialistas convidados, 29 brasileiros e 25 estrangeiros, para discutir as fronteiras da pesquisa sobre esquistossomose, o volume traz 58 artigos científicos inéditos em mais de 370 páginas.


O volume comemora os 90 anos do malacologista Lobato Paraense, pesquisador do IOC internacionalmente reconhecido como referência no estudo de caramujos, e os 50 anos do primeiro estudo realizado pelo pesquisador sobre a sistemática de moluscos brasileiros do gênero Biomphalaria.


Fazem parte do suplemento estudos sobre a epidemiologia e o controle da esquistossomose em diferentes regiões endêmicas do Brasil, na Venezuela e na África subsaariana, além de artigos sobre os aspectos clínicos, patológicos, imunológicos, genéticos e de biologia molecular. Também fazem parte do suplemento artigos com novas abordagens sobre informação, educação e comunicação. Um dos destaques é a apreciação crítica das vacinas para  esquistossomose, feita pelo pesquisador Alan Wilson, da Universidade de York, a convite dos organizadores do simpósio.


“Desde 1987 as Memórias do Instituto Oswaldo Cruz publicam os trabalhos apresentados no Simpósio Internacional sobre Esquistossomose. O suplemento confere visibilidade estratégica aos trabalhos desenvolvidos pelos pesquisadores do Programa Integrado de Esquistossomose da Fiocruz, que foi criado há 20 anos e é o maior grupo do mundo com integrantes de uma única instituição dedicado à esquistossomose: são 80 pesquisadores do IOC, dos centros regionais da Fiocruz e da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp), que atuam na esquistossomose por meio de diversas pesquisas e participam de cooperações nacionais e internacionais”, avalia o chefe do Laboratório de Eco-epidemiologia e Controle da Esquistossomose e Geohelmintoses do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Otávio Pieri, e membro do comitê científico do Programa Integrado de Esquistossomose da Fiocruz.