Agência Fiocruz de Notícias

Vinicius Ferreira (IOC/Fiocruz)

Está em pleno vapor a atuação da delegação eleita na Conferência Nacional Livre Ciência e Cidadania no SUS, promovida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e instituições parcerias, durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde (CNS). Mais de 6 mil pessoas estão reunidas no evento, que começou no domingo (2/7), em Brasília. Nesta segunda-feira (3/7), a delegação eleita na Conferência Nacional Livre Ciência e Cidadania no SUS conseguiu reunir assinaturas de mais de 400 delegados para que uma moção sobre invisibilidade das pessoas afetadas por doenças negligenciadas seja levada à votação em plenário durante a 17ª CNS.

Texto prevê ações de saúde efetivas em prol das pessoas afetadas por doenças negligenciadas e já conta com assinaturas de mais de 400 delegados (foto: Divulgação)

Dentre as providências solicitadas no documento, estão ações efetivas garantidoras da visibilidade, da atenção e do cuidado às populações negligenciadas e excluídas, dentro do contexto da política de combate e enfrentamento às doenças negligenciadas. Essas doenças tendem a ser endêmicas em populações de baixa renda e muitas vezes não despertam o interesse de empresas farmacêuticas para produção de medicamentos e vacinas. Alguns exemplos são doença de chagas, leishmaniose, esquistossomose, estrongiloidíase, geohelmintíases, oncocercose, dentre outros.

A votação deve ocorrer na quarta-feira, dia 5, último dia da 17ª Conferência Nacional de Saúde (CNS). A Fiocruz participa do evento com 56 convidados na categoria Gestão e 81 delegados e proponentes de atividades autogestionadas. Participam 16 representantes do IOC/Fiocruz, incluindo delegados eleitos e convidados do Conselho Nacional de Saúde e do Ministério da Saúde, além da diretora do Instituto, Tania Cremonini de Araujo-Jorge, que integra a delegação do Conselho Deliberativo da Fiocruz.

Em uma edição histórica, a CNS de 2023 representa a resistência e defesa da democracia, a retomada da participação popular e do diálogo, da diversidade e representatividade, do combate ao preconceito e às desigualdades por um SUS mais inclusivo e universal. A cerimônia de abertura contou com a presença do presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto; e dos ministros Nísia Trindade (Saúde); Sonia Guajajara (Povos Indígenas); Cida Gonçalves (Mulheres); Marina Silva, (Meio Ambiente e Mudança do Clima); Luiz Marinho (Trabalho e Emprego); dentre outras autoridades.