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04/12/2018

Fiocruz produz lotes de medicamento para isquemia cardíaca

Alexandre Matos (Farmanguinhos/Fiocruz)


O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) finalizou produção de lotes-piloto do vastarel 80mg, medicamento para isquemia cardíaca. A fabricação foi viabilizada por um acordo de cooperação técnica entre o Instituto e o laboratório francês Servier, celebrado em junho do ano passado. Enquanto a unidade presta esse serviço para o parceiro, em contrapartida absorve a tecnologia de micropellets, uma forma de liberação diferenciada do princípio ativo no organismo do paciente.

O vastarel é produzido com micropellets, uma forma de liberação diferenciada do princípio ativo no organismo do paciente (foto: Abel Rosa Junior)

 

Segundo o gerente do projeto na unidade, Abel Alves Rosa Junior, essa tecnologia poderá ser usada no desenvolvimento de outros medicamentos de interesse da instituição. “A tecnologia de revestimento em camadas dos micropellets é uma plataforma tecnológica que confere à formulação um perfil modificado de liberação do princípio ativo, relevante vantagem tecnológica relacionada à otimização dos efeitos terapêuticos em decorrência da melhor liberação e absorção dos princípios ativos”, explica.

Esta etapa de produção teve como objetivo o aumento de escala de 16 Kg para 152 kg. Este processo contou com o acompanhamento de profissionais da Servier, tanto do Brasil quanto da França, entre eles, o diretor industrial, Christophe Wlodarczyk; o chefe do Departamento Internacional de Técnicas Produtivas Daniel Dire; e o supervisor de Produção, Messias Lopes.

“Esta visita teve o acompanhamento e a constatação de que o processo está robusto e sob controle. Existe a intenção da Servier de dilatar o acordo para outros dois produtos”, destaca o gerente do projeto. “Durante o período em que eles permaneceram no CTM, elogiaram nosso parque fabril que acabou de passar por uma imensa reforma de readequação da planta industrial”, ressalta.

A documentação gerada a partir dos lotes de aumento de escala será submetida à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após a aprovação do órgão regulatório brasileiro, a unidade poderá iniciar a produção do medicamento em maior escala. A previsão é de que isso ocorra em fevereiro do ano que vem.

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